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25 de julho de 2013

PINTURAS COM ESCRITORES - FRASES E OBRAS





ARTE E LITERATURA


PINTURAS COM ESCRITORES

SUAS FRASES E OBRAS


Dia do Escritor
25 de Julho



Escrever...

histórias,
crônicas,
poesias,
relatos,
trabalhos,
sonhos...
Registrar,
eternizar o passado
e o presente.
Sonhar o futuro,
entrar na viagem
da literatura.



Parabéns a todos escritores
e leitores.
Que todos os livros sejam lidos e relidos,
apreciados e contestados. Mudando e transformando
a todos, para um mundo melhor.




Música: "Preludio - Adagio in Sol menor" - Albinoni
Tomaso Albinoni - compositor barroco italiano (1671-1751)






O escritor divide sua solidão, verdade,
medo, alegria, amor ...enfim, divide sua alma.




Dia Nacional do Escritor

"O dia 25 de julho é um dia dedicado a homenagear o escritor brasileiro, aquele que elabora artigos científicos, pautados em verdades comprovadas, ou textos literários, divididos em vários gêneros. 

O surgimento da data se deu a partir da década de 60, através de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, quando realizaram o I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, a que os dois eram presidente e vice-presidente, respectivamente. Porém, de alguns anos para cá, as dificuldades dos escritores tem sido muito grandes, principalmente no que diz respeito à publicação de suas obras. Despreocupados com a qualidade dos textos, mas com a quantidade de vendas dos produtos, muitos editores lançam volumes que garantem retorno econômico à empresa. 
Além disso, os meios de comunicação virtual publicam na íntegra, gratuitamente, obras de vários autores, sem considerar os respectivos direitos autorais, causando prejuízos aos mesmos. 
Em razão do mundo virtual, jovens e crianças têm perdido o contato com os livros, passando grande tempo na frente do computador ou da televisão. Com isso, o acesso ao mundo letrado tem diminuído consideravelmente, e com ele as vendas dos artigos literários. 

Ler é importante para o desenvolvimento do raciocínio, para desenvolver o aspecto crítico do leitor, criando novas opiniões e estimulando sua criatividade. Quando lemos, nos reportamos para outros lugares, como se estivéssemos viajando no tempo e no espaço. 

As riquezas literárias são muitas, podendo estar divididas em textos científicos, que comprovam as teorias, e textos literários do tipo romance, comédia, suspense, poemas, poesias, biografias, músicas, novelas, obras de arte, literatura de cordel, histórias infantis, histórias em quadrinhos, dentre vários outros. 

Pesquisa realizada em 2001, pela Câmara Brasileira da Indústria do Livro, comprovou que cerca de 61% dos adultos alfabetizados do país mantém pouco contato com livros, enquanto que a camada mais baixa da população, cerca de seis milhões e meio de pessoas, alegam não ter condições de adquirir livros. 

Hoje em dia o Brasil conta com mais de trinta projetos de incentivo à leitura, bem como de divulgação das bibliotecas públicas do país e seus acervos bibliográficos, sendo o PNLL (Plano Nacional do Livro e Leitura) o mais importante deles. O programa oferece apoio a novos escritores, defende os direitos autorais dos escritores, abona apoio às publicações para novos autores, investem em traduções, mantém premiações e bolsas de incentivo para novos escritores."

Por Jussara de Barros - Graduada em Pedagogia - Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-nacional-escritor.htm





Retratos e frases de alguns dos escritores famosos do Brasil e do mundo, que influenciaram e ainda influenciam o modo de pensar e agir de seus leitores.


Santo Agostinho

"Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência."

Santo Agostinho
Escritor, teólogo e filósofo africano (354 d.C. - 430 d.C.)

Obras: "Confissões", "A Doutrina Cristã", "O Livre Arbítrio",
"A Cidade de Deus"...

"Não basta fazer coisas boas - é preciso fazê-las bem."

**************

"O mundo é um livro, e aqueles que não viajam leem somente uma página."

*******************

"Seja humilde para evitar o orgulho, mas voa alto para alcançar a sabedoria."

*******************

"Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser."






Dante

"A razão vos é dada para discernir o bem do mal."

Dante Alighieri
Escritor e poeta italiano (1265-1321)

Obra principal: "A Divina Comédia: 'Inferno' - 'Purgatório'- 'Paraíso'"





Dostoievski

"A maior felicidade é quando a pessoa sabe porque é que é infeliz."




"Quanto mais gosto da humanidade em geral, menos aprecio as pessoas em particular, como indivíduos."




"Fiodor Dostoievski"
Escritor russo 
(1821-1881)

Retrato pelo artista Vasily Perov
Obras: "Os Irmãos Karamazov"
"Crime e Castigo", "O Idiota", "Os Demonios",
"O Jogador"...



Tolstoy

"Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia."




"Enquanto houver matadouros, haverá campos de guerra."

************

"A felicidade é estar com a natureza, ver a natureza e conversar com ela."

************

"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."

************
"A arte é um dos meios que une os homens."




"Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma
à sua maneira."
(Frase do livro "Anna Karenina")

File:Ilya Efimovich Repin (1844-1930) - Portrait of Leo Tolstoy (1887).jpg
Leon Tolstoy
Escritor russo (1828-1910)
Retrato pelo artista russo Ilya Efimovich Repin (1844-1930)

Obras: "Guerra e Paz", "Anna Karenina", "O que é Arte?",
"Infância", "Adolescência", "Juventude",
"A Felicidade Conjugal", "Ressurreição"...




Balzac

"Quanto mais criticamos menos amamos."

**********

"O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo."

"Honoré-de-Balzac"
Escritor francês (1799-1850)
Obra: "A Comédia Humana"- contém 17 Volumes-dentre eles:
'A Missa do Ateu', 'A Menina dos Olhos de Ouro','A Mulher de Trinta Anos', 'Ilusões Perdidas',
'Uma Dupla Família', 'A Paz Conjugal',
'Estado de Mulher', 'Uma Filha de Eva',
'A Mensagem', 'A Mulher Abandonada', 'A Solteirona',
'O Lírio do Vale', 'As Camponesas', 'Adeus',
'Fisiologia do Casamento'...





Shakespeare

"Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor."

***********

"É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada."

***********

"A gratidão é o único tesouro dos humildes"

"William Shakespeare"
Escritor inglês (1564-1516)

Obras: "Sonho de uma Noite de Verão",
"O Mercador de Veneza",  "Hamlet", "Romeu e Julieta",
"Otelo", "Megera Domada", "A Tempestade"...



Jane Austen

"Tempo ou oportunidade não determinam a intimidade, apenas a disposição."

"Jane Austen"
Escritora inglesa (1775-1817)
Obras: "Orgulho e Preconceito", "Emma", "Razão e Sensibilidade",
"Persuasão", "Parque Mansfield", "A Abadia de Northanger"...

"Não quero que as pessoas sejam muito gentis; pois tal poupa-me o trabalho de gostar muito delas."

***************

"Metade do mundo não consegue compreender os prazeres na outra metade."





Música: Tema filme "Orgulho e Preconceito" ("Pride and Prejudice") - Dario Marianelli
Compositor italiano contemporâneo
Intérprete: pianista Jean-Yves Thibaudet







Emile Zola

"O sofrimento é o melhor remédio para acordar o espírito."


"Émile Zola"
Escritor francês (1840-1902)
Retratado pelo artista francês Edouard Manet (1832-1883)


"A verdade marcha e nada conseguirá detê-la."

************

"O que é o amor?  Um conto simples, dito de muitas maneiras."

*************

"Uma obra de arte é um canto da criação visto através de um temperamento."

*****************

"O destino dos animais é muito mais importante para mim do que o medo de parecer ridículo."

Émile Zola




Jean Paul Sartre

"Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão."


"Jean Paul Sartre"
Escritor, filósofo e crítico francês (1905-1980)


"Nunca se é homem enquanto não encontrar alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer."

**************

"Não há necessidade de grelhas, o inferno são os outros."

**************

"Ser-se livre não é fazermos aquilo que queremos, mas querer-se aquilo que se pode."

*************

"És livre, escolhe, ou seja: inventa."





Fernando Pessoa
"Para viajar basta existir."

"Fernando Pessoa"
Escritor português (1888-1935)
Obras: "Poemas de Alberto Caeiro: Obras
Poéticas", "Poemas de Álvaro de Campos", "Mensagem",
"O Livro do Desassossego", "Odes de Ricardo Reis"...


"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."

*************

"A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo."





"Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para se juntar com o que eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar."


************

"A renúncia é a libertação. Não querer é poder."






Pablo Neruda

"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências."


"Pablo Neruda"
Poeta chileno (1904-1973)
Retratado pelo artista italiano Carlo Levi (1902-1975)

"A poesia tem comunicação secreta com o sofrimento do homem."



Umberto Eco


"Umberto Eco"
Escritor italiano contemporâneo (n.1932)
Livro famoso: "O Nome da Rosa"



"Nem todas as verdades são para todos os ouvidos. Nem todas as mentiras podem ser suportadas."

*************

"Alguém que é feliz a vida toda é um cretino; por isso, antes de ser feliz, prefiro ser inquieto."

*************
"Certas coisas se sentem com o coração. Deixa falar o teu coração, interroga os rostos, não escutes as línguas."

*************
"Nada inspira mais coragem ao medroso do que o medo alheio."

*************
"Justificar tragédias como "vontade divina" tira da gente a responsabilidade por nossas escolhas."





Música: "Melodia Sentimental" - Villa-Lobos
Compositor brasileiro (1887-1959)








Machado de Assis


Considerado o maior nome da literatura nacional. Machado de Assis foi poeta, romancista, cronista, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário.
Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império.


"Não há alegria pública que valha uma boa alegria particular."

**********

"De todas as coisas humanas, a única que tem o fim em si mesma é a arte."


"Machado de Assis"
Escritor brasileiro (1839-1908)
Retratado pelo artista brasileiro Bernadelli

Obras: "Ressurreição", "Helena", "Memórias Póstumas de Brás Cubas",
"Quincas Borba", "CasaVelha", "Don Casmurro", "Crisálidas"...




Carlos Drummond de Andrade

"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade"

************

"A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca."

***********

"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo."



"Carlos Drummond de Andrade"
Escritor brasileiro (1902-1987)
Retratado pelo artista brasileiro Cândido Portinari
Obras: "A Última Pedra no Meu Caminho",
"Antologia Poética", "Crônicas", "As Impurezas do Branco",
"Corpo", "A Rosa do Povo"...



Carlos Drummond de Andrade



"Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo."
Carlos Drummond de Andrade
(por Jorge Inácio)



João Guimarães Rosa

"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."



João Guimarães Rosa
Escritor brasileiro (1908-1967)
"Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinhos. Essa é a alegria que ele quer."


**************

"Eu estou só.
O gato está só.
As árvores estão sós.
Mas não o só da solidão: o só da solistência."


**************

"...o mais importante e bonito do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam."






Oswald de Andrade

"Como poucos, eu conheci as lutas e as tempestades.
Como poucos, eu amei a palavra liberdade e por ela briguei."


Oswald de Andrade
Escritor brasileiro (1890-1954)

Retratado pela artista brasileira Tarsila do Amaral

"A alegria é a verdadeira prova dos nove."

*************

"A vida é uma calamidade a prestações."

************


''Contra a memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada.''



Mário de Andrade

"Minha obra toda badala assim: Brasileiros, chegou a hora de realizar o Brasil."

Mário de Andrade retratado pelo pintor brasileiro Lasar Segall

"O passado é lição para se meditar, não para se reproduzir."

***********

"O essencial faz a vida valer a pena."

***********

"Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição."

***********

"Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi."

Mário de Andrade retratado pelo pintor brasileiro Portinari
"Mário de Andrade"
Escritor brasileiro (1893-1945)
Retratado pela artista brasileira Tarsila do Amaral

Obras: "Pauliceia Desvairada", "Macunaíma",
"Amar Verbo Intransitivo", "O Banquete",
"O Movimento Modernista", "Lasar Segal"...





Monteiro Lobato

"Um país se faz com homens e livros"

**********

"Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê."

**********

"Seja você mesmo, porque ou somos nós mesmos, ou não somos coisa nenhuma."



Monteiro Lobato
Escritor e editor brasileiro (1882-1948)
Obras: "Reinações de Narizinho", "Caçadas de Pedrinho",
"O Sítio do Picapau-Amarelo",
"Urupês", "Cidades Mortas", "Negrinha",
"O Presidente Negro", "Zé Brasil"...




Érico Veríssimo

"Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento."


"Érico Veríssimo"
Escritor brasileiro (1905-1975)

Obras: "Incidente em Antares",
"Clarissa", "Um Certo Capitão Rodrigo",
"Olhai os Lírios do Campo", "Um Lugar ao Sol",
"Contraponto", "Caminhos Cruzados"...

"Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu."


*************

"A gente foge da solidão quando tem medo dos próprios pensamentos."

*************

"Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente."

*************

"O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença."





Jorge Amado

"Na vida só vale o amor e a amizade. O resto é tudo pinoia, é tudo presunção, não paga a pena..."






Ficheiro:Jorge Amado - 1997.jpg
Jorge Leal Amado
Escritor brasileiro (1912-2001)
Obras: "Mar Morto", "Capitães de Areia",
"A B C de Castro Alves", "Terras do Sem-Fim",
"Gabriela Cravo e Canela", "A Morte de Quincas Berro D'Água",
"Tenda dos Milagres", "Dona Flor e seus Dois Maridos",
"Tieta do Agreste", "Tocaia Grande", "Os Pastores da Noite"...





"Mais difícil do que publicar um livro é escrever um bom livro."

*************

"Um escritor aos 80 anos está começando a aprender a escrever."
(Jorge Amado)






A Escrita como Registro



"Antes do século VI a.C., as grandes narrativas eram passadas oralmente. Desde a invenção da escrita, essas histórias puderam ser repassadas e permanecer na história em sua forma inicial, já que o discurso oral sempre apresentava variações (basta lembrar do ditado: “quem conta um conto aumenta um ponto”).
Assim, temos registros de grandes escritores da Antigüidade, da Idade Média, do Renascimento… e, graças a eles, temos escritos históricos de épocas remotas; ficções de fadas e dragões medievais; mitos e lendas antigos; tratados de medicina e alquimia; compêndios de estudos filosóficos e religiosos.
O escritor convence graças ao poder de sua paixão pela palavra, e não prioritariamente pela paixão que dedique a uma causa.
Ou melhor, a sua causa sempre foi e será a palavra, caminho e céu de todas as causas. E de todas as paixões.
O texto literário nasce das mãos do escritor.
No dia do escritor comemoramos a solidão diante da palavra, a verdade, o medo, a alegria, o amor indizíveis de só saber escrever."
Fonte: http://www.brasilcultura.com.br/literatura/25-de-julho/



Dia do Escritor



Sejamos todos incentivadores ao ato de ler e compartilhar ideias.

Podemos viajar para outros mundos quase gratuitamente, ganhando no final de cada livro uma bagagem maior, não apenas de sabedoria mas também de capacidade e coragem para participar de mudanças
de vida.

Doe livros.



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13 de março de 2013

ARTE EM POESIAS NO DIA DA POESIA





ARTE EM POESIAS E PINTURAS





Dia Nacional da Poesia -14 de março
Dia Mundial da Poesia - 21 de Março


Homenagem à Arte Poética

e aos Poetas




A Arte se Comunica Entre Palavras e Pinturas

"A Pintura é uma Poesia Sem Palavras"
(Voltaire)





"Quixote" - Cândido Portinari
Pintor brasileiro (
1903-1962)



Portinari e Drummond de Andrade


Portinari Pintou
Drummond Versou 

"Quixote e Sancho"


Cândido Portinari pintou, em 1956, uma série de 21 gravuras, focalizando dois personagens da literatura universal: D.Quixote e Sancho Pança, da obra "Dom Quixote" de Miguel de Cervantes. 

Carlos Drummond de Andrade, em 1972, escreveu um livreto com 21 poemas, referente às gravuras do amigo pintor. Publicou-o com o título "Quixote e Sancho, de Portinari" em "As Impurezas do Branco" de 1973.

A construção dos poemas revela duas leituras do poeta: do texto original de Cervantes ( de 1605) e dos cartões da série Quixote, de Portinari. Diante disto, a elaboração dos poemas pressupõe modos diferenciados de percepção do objeto de poesia pelo eu poético, um verbal e outro não-verbal, dinâmica que produz, no entrelaçamento de visões, um Quixote renovado, para deleite dos leitores de Cervantes, de Portinari e do próprio Drummond.
(Fonte: http://pendientedemigracion.ucm.es/info/especulo/numero23/drummond.html)


                              Portinari e Drummond





Música:"Poema Singelo" - Heitor Villa-Lobos
Compositor brasileiro (1857-1959)
Intérprete: Pianista brasileira - Cristina Ortiz




Abaixo estão cinco dos vinte e um poemas,
 que constituem a obra "Quixote e Sancho, de Portinari",
de Carlos Drummond de Andrade, com as pinturas de Portinari.



I  Soneto da loucura

A minha casa pobre é rica de quimera
e se vou sem destino a trovejar espantos,
meu nome há de romper as mais nevoentas eras
tal qual Pentapolim, o rei dos Garamantas.

Rola em minha cabeça o tropel de batalhas
jamais vistas no chão ou no mar ou no inferno.
Se da escura cozinha escapa o cheiro de alho,
o que nele recolho é o olor da glória eterna.

Donzelas a salvar, há milhares na Terra
e eu parto e meu rocim, corisco, espada, grito,
torto endireitando, herói de seda e ferro,

E não durmo, abrasado, e janto apenas nuvens,
na férvida obsessão de que enfim a bendita
Idade de Ouro e Sol baixe lá nas alturas.




II  Sagração

Rocinante
pasta a erva do sossego.
A Mancha inteira é calma.
A chama oculta arde
nesta fremente Espanha interior.

De geolhos e olhos visionários
me sagro cavaleiro
andante, amante
de amor cortês e minha dama,
cristal de perfeição entre perfeitas.

Daqui por diante
é girar, girovagar, a combater
o erro, o falso, o mal de mil semblantes
e recolher no peito em sangue
a palma esquiva e rara
que há de cingir-me a fronte
por mão de Amor-amante.
A fama, no capim
que Rocinante pasta,
se guarda para mim, em tudo a sinto,
se de que bebo, vento que me arrasta.



                                          
                                    III  O esguio propósito

Caniço de pesca
fisgando o ar,
gafanhoto montado
em corcel magriz,
espectro de grilo
cingindo loriga,
fio de linha
à brisa torcido,
              relâmpago
              ingênuo
              furor
de solitárias horas indormidas
quando o projeto a noite obscura.

Esporeia
o cavalo,
esporeia
o sem-fim.



IV  Convite à glória

 Juntos na poeira das encruzilhadas conquistaremos a glória.
E de que me serve?
Nossos nomes ressoarão
nos sinos de bronze da História.
E de que me serve?
Jamais alguém, nas cinco partidas do mundo,
será tão grande.
E de que me serve?
As mais inacessíveis princesas se curvarão
à nossa passagem.
E de que me serve?
Pelo teu valor e pelo teu fervor
terás uma ilha de ouro e esmeralda.
Isto me serve.



V  Um em quatro



A                                         Z
b                                          y


A&b                  Z&y

Ab           yZ

ABYZ
quadrigeminados
quadrimembra jornada
quadripartito anelo
quadrivalente busca
unificado anseio

um cavaleiro um cavalo um jumento um escudeiro





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POESIA: Uma das Sete Artes Tradicionais


História da Poesia

"A poesia como uma forma de arte pode ser anterior à escrita.
Muitas obras antigas, desde os Vedas indianos (1700-1200 a.C.) e os Gathas de Zoroastro (1200-900 a.C.), até a Odisseia (800 - 675 a.C.), parecem ter sido compostas em forma poética para ajudar a memorização e a transmissão oral nas sociedades pré-históricas e antigas
A poesia aparece entre os primeiros registros da maioria das culturas letradas, com fragmentos poéticos encontrados em antigos monolítos, pedras rúnicas e estrelas.
O poema épico mais antigo sobrevivente é a Epopeia de Gilgamesh, originado no terceiro milênio a.C. na Suméria (na Mesopotâmia, atual Iraque), que foi escrito em escrita cuneiforme em tabletes de argila e, posteriormente, papiro. Outras antigas poesias épicas incluem os épicos gregos Ilíada. e Odisseia, os livros iranianos antigos Gathas Avesta e Yasna, o épico nacional romano Eneida, de Virgílio, e os épicos indianos Ramayana e Mahabharata.
Os esforços dos pensadores antigos em determinar o que faz a poesia uma forma distinta, e o que distingue a poesia boa da má, resultou na "poética", o estudo da estética da poesia. Algumas sociedades antigas, como a chinesa através do Shi Jing (Clássico da Poesia), um dos Cinco Clássicos do confucionismo, desenvolveu cânones de obras poéticas que tinham ritual bem como importância estética. 
O contexto pode ser essencial para a poética e para o desenvolvimento do gênero e da forma. Poesias que registram os eventos históricos em termos épicos, como Gilgamesh ou o Shahnameh, de Ferdusi, serão necessariamente longas e narrativas, enquanto a poesia usada para propósitos litúrgicos (hinos, salmos, suras e hadiths) é suscetível de ter um tom de inspiração, enquanto que elegia (poesia triste) e a tragédia, são destinadas a invocar respostas emocionais profundas.
Outros contextos incluem cantos gregorianos, o discurso formal ou diplomático, retórica e invectiva políticas, cantigas de roda alegres e versos.
O historiador polonês de estética Władysław Tatarkiewicz, em um trabalho acadêmico sobre "O Conceito de Poesia", traça a evolução do que são na verdade dois conceitos de poesia. Tatarkiewicz assinala que o termo é aplicado a duas coisas distintas que, como o poeta Paul Valéry observou, "em um certo ponto encontram união". 
A poesia é uma arte baseada na linguagem. Mas a poesia também tem um significado mais geral que é difícil de definir, porque é menos determinado: a poesia expressa um certo estado da mente."


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DOIS POETAS
MESMA LÍNGUA
DOIS ESTILOS

Castro Alves e Fernando Pessoa



CASTRO ALVES

"Minha Alma Apegava-se à Forma Vacilante das Montanhas"


Castro Alves - Poeta brasileiro (1847-1871)


"Espumas Flutuantes"


ERA por uma dessas tardes em que o azul do céu oriental — é pálido e
saudoso, em que o rumor do vento nas vergas — e monótono e cadente, e o quebro da vaga 
na amurada do navio— e queixoso e tétrico.
Das bandas do ocidente o sol se atufava nos mares ''como um brigue em chamas..."
e daquele vasto incêndio do crepúsculo alastrava-se a cabeça loura das ondas.
Além... os cerros de granito dessa formosa terra de Guanabara, vacilantes, a
lutarem com a onda invasora de azul, que descia das alturas... recortavam-se indecisos na 
penumbra do horizonte.
Longe, inda mais longe... os cimos fantásticos da serra dos Órgãos embebiam-se 
na distância sumiam-se, abismavam-se numa espécie de naufrágio celeste.Só e triste, encostado à borda do navio, eu seguia com os olhos aquele
esvaecimento indefinido e minha alma apegava-se à forma vacilante das montanhas —
derradeiras atalaias dos meus arraiais da mocidade.
E que lá, dessas terras do sul, para onde eu levara o fogo de todos os entusiasmos, 
o viço de todas as ilusões, os meus vinte anos de seiva e de mocidade, as minhas esperanças 
de glória e de futuro;. . . é que dessas terras do sul, onde eu penetrara "como o moço Rafael 
subindo as escadas do Vaticano";... volvia agora silencioso e alquebrado... trazendo por
única ambição—a esperança de repouso em minha pátria.
Foi então que, em face destas duas tristezas — a noite que descia dos céus,—a 
solidão que subia do oceano—, recordei-me de vós, ó meus amigos!
E tive pena de lembrar que em breve nada restaria do peregrino na terra
hospitaleira, onde vagara; nem sequer a lembrança desta alma, que convosco e por vós
vivera e sentira, gemera e cantara. . .
Ó espíritos errantes sobre a terra! Ó velas enfunadas sobre os mares!.. . Vós bem 
sabeis quanto sais efêmeros... —passageiros que vos absorveis no espaço escuro, ou no
escuro esquecimento.
E quando—comediantes do infinito— vos obumbrais nos bastidores do abismo, o 
que resta de vós?
— Uma esteira de espumas.. — flores perdidas na vasta indiferença do oceano.—
Um punhado de versos... —espumas flutuantes no dorso fero da vida!...
E o que são na verdade estes meus cantos?...
Como as espumas, que nascem do mar e do céu, da vaga e do vento, eles são filhos 
da musa—este sopro do alto: do coração _ este pélago da alma.E como as espumas são, às vezes, a flora sombria da tempestade, eles por vezes 
rebentaram ao estalar fatídico do látego da desgraça
E como também o aljofre dourado das espumas reflete as opalas, rutilantes do
arco-íris, eles por acaso refletiram o prisma fantástico da ventura ou do entusiasmo— estes 
signos brilhantes da aliança de Deus com a juventude!
Mas, como as espumas flutuantes levam, boiando nas solidões marinhas, a lágrima 
saudosa do marujo... possam eles, ó meus amigos!—efêmeros filhos de minh'ahna—levar 
uma lembrança de mim às vossas plagas!
(Castro Alves)




FERNANDO PESSOA


"Quem tem Alma Não tem Calma"


"Retrato de Fernando Pessoa" - Almada Negreiros
Pintora portuguesa (1893-1970)
Fernando Pessoa - Poeta português (1888-1935)


"Não Sei Quantas Almas Tenho"

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que eu sou e vejo.
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu"?
Deus sabe, porque o escreveu.
(Fernando Pessoa)



"O Poeta é um Fingidor" - Fernando Pessoa


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A Fonte Inspiradora dos Poetas e a Mitologia Grega



A Origem do Termo usado pelos Poetas e artistas: "Musa Inspiradora"


A fonte de Hipocrene é considerada uma fonte de inspiração poética por excelência, segundo a mitologia, sendo que quem bebia das suas águas ficava em comunhão com as musas inspiradoras.Hipocrene (do grego: "fonte do cavalo"), também conhecida por fonte de Hélicon, é uma nascente de água doce situada na encosta leste do Monte Hélicon na região de Téspias, na Grécia. Esta fonte é tradicionalmente consagrada na Mitologia Grega ao Deus Grego Apolo e às musas, que teria brotado de uma pedra fendida por uma patada de Pégaso, o cavalo alado mitológico. O poeta grego Hesíodo descreveu sobre como ele havia, em sua juventude, levado suas ovelhas para pastar sobre as encostas do Monte Hélicon, onde Eros e as Musas já tinham santuários e um campo de danças próximo ao topo. Lá, as Musas lhe teriam inspirado, cantando-lhe sobre a origem dos deuses.



Na pintura abaixo: o poeta grego Hesíodo e sua musa inspiradora






As Musas Mitológicas

As musas eram entidades mitológicas a quem era atribuída, na Grécia Antiga, a capacidade de inspirar a criação artística ou científica. Na mitologia grega, eram as nove filhas de Mnemosine  e Zeus.

As nove musas e suas representações nas artes ou ciência:

1- Calíope (Bela voz): Eloquência
2- Clio ( A Proclamadora): História
3- Erato (Amável): Poesia Lírica
4- Euterpe ( A Doadora de prazeres): Música
5- Melpomêne ( A Poetisa): Tragédia (teatro)
6- Polímnia (A de muitos Hinos): Música Cerimonial (sacra)
7- Tália (A que faz Brotar Flores): Comédia
8- Terpsícore (A rodopiante): Dança
9- Urânia (A Celestial): Astronomia e Astrologia

O templo das musas era o 'Museion', termo que deu origem à palavra museu nas diversas línguas indo-europeias como local de cultivo e preservação das artes e ciências.


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Poema Persa: "Rubaiyat de Omar  Khayyam"
Traduzido por Edward Fitzgerald


O Rubaiyat de Omar Khayyam" é  um dos dez melhores 
poemas conhecidos do mundo, e provavelmente a peça mais popular da literatura oriental 
no mundo ocidental.



Rubaiyat de Omar Khayyam é o título dado pelo inglês Edward Fitzgerald
para a sua tradução de uma seleção de poemas,
originalmente escritos em persa e atribuídos a Omar Khayyam (1048 - 1131), um poeta, matemático, filósofo e astrônomo da Pérsia.
Um rubai é uma estrofe de duas linhas, com duas partes (hemistíquios) cada, daí o termo Rubaiyat (derivado da palavra árabe para "quatro", ou "quadra, originando as quadras, o conjunto de versos dos poemas).


Capa do Livro "Rubaiyat"



 Pintura representando Omar Khayyam



Música e Poema: "O Rubayiat de Omar Kayyam" - Alan Hovhaness
Compositor armênio-americano (1911-2000)
(Com narração do ator Michael York)


"Afeto, amor, compreensão,
Eis os alicerces da vida.
Escrevemos com amor o poema da adolescência.
Com a música do amor, orquestramos a grande canção da existência.
E tu, cético diante da ternura,
impermeável ao sentimento, 
aprende esta verdade:
A vida é Amor, e nada mais!"
Omar Khayyám (Rubáiyát)



Poema Rubaiyat

"Debaixo de um arbusto, um pão e uma garrafa
de vinho e os meus poemas: tudo o que preciso.
E tu, que do meu lado cantas no deserto,
e o deserto se torna, então, no paraíso.

"Entrado no universo, sem saber porquê,
nem de onde, tal qual a água, queira ou não, a fluir;
e fora dele, como o vento em descampado
soprando, queira ou não, sem saber para onde ir.

No céu, à mão esquerda da alvorada; eu sonho.
Na taberna, uma voz escuto na algazarra:
“Despertai, meus pequenos, e enchei bem o copo
antes que seque o vinho da vida em sua jarra”.

Ah! Enche o copo! De que serve repetir
que o tempo sob os nossos pés já vai fugindo?
O amanhã não nasceu e o ontem já morreu,
por que me hei-de importar, se o dia de hoje é lindo?

E ao côncavo invertido que se chama céu,
sob o qual rastejaram o vivo e o que morreu,
não ergas tuas mãos, pedinte. Ele é impotente
no seu girar, tal qual o somos tu ou eu.

O dedo que se move escreve, e, tendo escrito,
se vai. E toda a argúcia e piedade, entretanto,
não o trarão de volta a mudar meia linha,
nem as palavras podes apagar com o pranto.
E se o vinho que bebes, o lábio que oprimes
findam nesse nada que a tudo dá sumiço,
imagina, então, que és; não podes ser senão
o que hás-de ser: nada. Não serás menos que isso.

Façamos o que é mais do que ainda há por fazer
antes que também nós ao pó vamos enfim.
O pó vai para o pó, sob o pó vai jazer
sem vinho, sem canções e sem cantor... sem fim.
É tudo um tabuleiro de noites e dias;
os homens são peças, e o fado temerário
com elas joga, e move, e toma, e dá o mate,
e uma a uma as recolhe, e vai guardar no armário.
Façamos o que é mais do que ainda há por fazer
antes que também nós ao pó vamos enfim.
O pó vai para o pó, sob o pó vai jazer sem vinho,
sem canções e sem cantor... sem fim.






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UM ARTISTA
DUAS ARTES
DOIS DONS

Em Cores e Palavras



LOUIS JANMOT
Pintor e Poeta Francês


"Poemas da Alma - O Ideal"



"A Criação Divina"


A CRIAÇÃO DIVINA

"No momento escolhido pelo infinita sabedoria
Nada é derrotado e dá a vida:
O abismo, escuro e silencioso,
A alma humana se eleva para a clareza do céu "


"A Passagem das Almas"


A PASSAGEM DAS ALMAS

“Desde o início da missão do anjo guardião
Deus lhe deu, tomou em seus braços, adormecido
Aquele que será o conselheiro e amigo,
Ele se atira no espaço”.



"O Anjo e a Mãe"


O ANJO E A MÃE

"Somente vós sabeis, meu Deus, quais perigos,
Quais alarmes ameaçam vossa criança...
Tende piedade dela, Senhor, pelo coração desta mãe
Cheio de amor tão santo, forte e tão doce."

Poemas e pinturas de Louis Janmot (Poeta e pintor francês - 1814-1892)
(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Louis_Janmot)




Abaixo uma pintura homenageando Catalou ou Catalus, que foi um poeta latino-romano, que escreveu e declamou seus poemas em latim. Nasceu por volta do ano 84 a. C. e morreu  cerca do ano 54 antes de Cristo.

"Catalo Lendo seu Poema"