PINTURAS DAS PAISAGENS MARINHAS DO ARTISTA MARINHEIRO EUGENE BOUDIN
PINTURAS DAS PAISAGENS MARINHAS
DO MARINHEIRO PINTOR EUGÈNE BOUDIN MÚSICA DE ERIK SATIE Dois artistas franceses nascidos na mesma cidade na região da Normandia, na França. Eugène Boudin e Erik Satie, ambos talentosos e inspiradores.
"Antes da Partida"
"Praia de Trouville"
"Antibes - A Ponta da Ilha"
Música: "3 Gymnopédie" - Erik Satie
Compositor francês (1866-1925)
Obras de Boudin em Acervo de Museu no Rio de Janeiro
"O Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro possui em seu acervo vinte quadros de Boudin. Constitui o maior conjunto de obras pertencente a uma instituição pública fora da França.
A coleção abarca toda a trajetória artística do pintor, expressando a sua evolução pois corresponde a mais de trinta e cinco anos de produção, desde seus primeiros quadros, amadurecimento e apogeu. O precioso conjunto mostra ainda a temática preferida do artista - paisagens do mar, portos e embarcações, rios e suas margens, campos com animais. Destaca-se o quadro intitulado Lavadeiras nas Margens do Rio Touques (veja abaixo) , um dos melhores trabalhos de Boudin, verdadeira e encantadora obra prima.
Adquiridas em Paris pelos barões de São Joaquim, José Francisco Bernardes e sua mulher, da aristocracia brasileira ligada ao café, as telas foram por eles doadas ao Museu no ano de 1922."
o que vemos é um talentoso artista de paisagens marinhas.
Boudin foi um dos precursores da técnica de pintura impressionista,
sendo "ele que a resumiu como um movimento que leva a pintura
à pesquisa da luz total do espaço exterior".
"Partida dos Barcos em Berck"
Música: "Gnossienne N.4" - Erik Satie
"Barcos de Pesca"
"Quebra-Mar na Maré Alta em Trouville"
"Pescadores e Veleiros em Trouville"
"Maré Baixa"
Música: "Gymnopédie N.1" - Erik Satie
(Com barulho do Mar ao fundo)
Eugène Boudin - um Gênio da Pintura de Paisagens Marinhas
"O francês Eugène Boudin foi marinheiro e também um dos mais notáveis pintores precursores do Impressionismo, ao tentar expor nas suas telas, variações da atmosfera, jogos de luz e cor e a fluidez dos horizontes no mar.
No seio de uma modesta família de marinheiros, Eugène Boudin nasceu em 1824, em Honfleur, um pequeno porto de pescadores da Normandia, no norte da França
Estudou alguns anos em Paris com uma bolsa obtida em 1851, antes de se recolher às regiões do litoral francês, em Le Havre, Honfleur ou Trouville, onde veio a se inspirar.
Em 1865, ao conhecer os óleos e pastéis de Boudin, Baudelaire escreveu, a respeito do artista, frases que mais tarde poderiam ser aplicadas aos impressionistas.
Iniciador de Monet, ainda adolescente quando os dois se encontraram em 1858, Boudin foi marcado pelas suas relações com Johan Jongkind, Jean-François Millet e Jean-Baptiste Camille Corot. Este último costumava chamá-lo de "rei dos céus" pelo tratamento pitórico que dava às nuvens, as nuances de azul e o reflexo que esses fenómenos produziam nas paisagens.
O Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro possui em seu acervo vinte quadros de Boudin. Constitui o maior conjunto de obras pertencente a uma instituição pública fora da França. A coleção abarca toda a trajetória artística do pintor, expressando a sua evolução pois corresponde a mais de trinta e cinco anos de produção, desde seus primeiros quadros, amadurecimento e apogeu. O precioso conjunto mostra ainda a temática preferida do artista - paisagens do mar, portos e embarcações, rios e suas margens, campos com animais. Destaca-se o quadro intitulado Lavadeiras nas Margens do Rio Touques, um dos melhores trabalhos de Boudin, verdadeira e encantadora obra prima.
Adquiridas em Paris pelos barões de São Joaquim, José Francisco Bernardes e sua mulher, da aristocracia brasileira ligada ao café, as telas foram por eles doadas ao Museu no ano de 1922.
Eugène Boudin morreu em Deauville, próximo de sua aldeia natal, a 8 de Agosto de 1898."
"A Barca em Veneza na Entrada do Grande Canal e a Basílica de la Salute"
"Veneza"
"Veneza e a Basília Santa Maria de la Salute e a Alfandega Guidecca no Grande Canal
"Veneza Vista do Grande Canal"
"Vista da Bacia de Trouville"
"Noite em Le Havre"
"Barco de Pesca"
"Le Havre - Bacia de Eure"
"Le Havre - Comércio na Bacia"
"Pequeno Porto de Saint Jean perto da Ville Franche"
"Paisagem Marinha com Céu Grande"
"Maré Baixa e Tempo Chuvoso na Costa perto de Trouville"
"Fora de Deauville"
"Praia de Berck"
"Farol de Honfleur"
"Porto de Saint Vasst la Houghe"
"O Sena em Caudebec-en-Caux"
"Maré Baixa em Trouville"
"A Bacia de Vauban em Havre"
"Trouville - Maré Baixa na Entrada do Porto"
"Bacia e o Cais de Trouville"
"Cais na Maré Baixa de Trouville"
"A Costa de Villerville"
Marinhas
As Paisagens do Mar
Descrição e História
Chama-se marinha a pintura que tem especificamente por tema a paisagem marítima ou assuntos marinhos.
Enquanto pintura de gênero é compreendida como um subgênero da pintura de paisagem, acompanhando seu desenvolvimento histórico. As marinhas aparecem pela primeira vez no século XVI nos Países Baixos e se desenvolvem no século XVII e XVIII, com a crescente especialização de alguns artistas em pinturas com temas específicos. Na Holanda, no século XVII, pintores como Simon de Vlieger (1601 - 1653) e Jan van Goyen (1596 - 1656) elevam a pintura de marinhas a um tal grau de virtuosismo na representação fiel e minuciosa de cenas marítimas que ainda hoje seus quadros são vistos como valiosos documentos históricos do período de expansão naval da Inglaterra e da Holanda. Esses artistas em sua visão simples e direta da paisagem são os primeiros a descobrir a beleza de cenas não-dramáticas. Especializam-se na reprodução da atmosfera do mar e do céu, em geral repleto de nuvens e de horizonte baixo, e pintam com o mesmo entusiasmo o movimento de um moinho à beira-mar numa calma alvorada quanto uma batalha naval. Na França, Claude-Joseph Vernet (1714 - 1789) é um dos primeiros pintores a se dedicar à pintura de paisagens cujo objeto central é o mar. Conhecido por suas pinturas de praias e portos, ele é contratado por Luís XV em 1753 para pintar uma série de 16 vistas de portos franceses que hoje podem ser encontradas no Museu do Louvre, em Paris.
No início do século XIX, impulsionada por um espírito romântico, a pintura de paisagem conhece uma popularidade ímpar em sua história. Grandes artistas do período como Joseph Mallord William Turner (1775 - 1851) e John Constable (1776 - 1837) dão nova dignidade a esse tipo de obra.
Turner, que no início de sua carreira revela a influência da pintura marítima holandesa do século XVII em quadros como Pescadores no Mar (1796), logo ultrapassa as primeiras lições sobre o fenômeno da luz e dos efeitos atmosféricos e elege temas dramáticos, no sentido do movimento, que inauguram uma nova abordagem na pintura de paisagem. Em quadros como Naufrágio (1805) e Vapor numa Tempestade de Neve (1842), a recriação pictórica da luz e sua atmosfera é utilizada para transmitir a idéia de uma natureza sublime em constante turbilhonamento. Na Alemanha, o grande pintor romântico Caspar David Friedrich (1774 - 1840) também pinta grandes extensões de mar envoltas por uma estranha luz, atribuindo à paisagem marítima um profundo sentido espiritual.
Na França, os artistas reunidos no grupo conhecido como Escola de Barbizon procuram levar adiante as pesquisas de cunho mais realista dos holandeses e do inglês Constable na pintura de paisagem. Com o impressionismo, na segunda metade do século XIX, o tema marítimo volta a ter importância central, principalmente na produção de Claude Monet (1840 - 1926) que reconhece nas vistas marinhas uma oportunidade exemplar de trabalhar os efeitos de luz e sua diversidade de cores. É exatamente de um quadro que procura captar os efeitos da luz ao do nascer do sol à beira mar que o impressionismo ganha seu nome: a telaImpressão: Sol Nascente (1872) de Monet.
No Brasil, os pintores holandeses que aqui aportaram no século XVII, como Frans Post (1612 - 1680), não deram muita importância à pintura de marinhas. No século XIX, alguns pintores viajantes como Thomas Ender (1793 - 1875) e Rugendas (1802 - 1858) pintam com freqüência vistas de cidades brasileiras litorâneas. O francês Nicolas Taunay (1755 - 1830), professor de paisagem daMissão Artística Francesa, também realiza vistas marítimas do Rio de Janeiro no início do século XIX, mas sem chegar a se destacar nessa área. É somente no final do século que surge um pintor dedicado quase exclusivamente à pintura de marinhas no Brasil: o italiano residente no Rio de Janeiro Castagneto (1851 - 1900). Suas pinturas destacam-se pelo viés romântico de seu estilo, que tempera a representação da realidade com uma visão bem pessoal. As melhores marinhas do artista apresentam um certo monocromatismo em que céu e mar quase se confundem numa atmosfera em geral esbranquiçada ou de tons azulados, em que as diferenças entre água, ondas, céu e nuvem são realizadas por leves pinceladas.
Outro importante pintor do litoral brasileiro é Benedito Calixto (1853 - 1927). (Ver Post Anterior) Natural do litoral paulista, Calixto dedicou parte de sua produção a pintar vistas das praias e do porto de Santos. Apesar de sua popularidade, sua pintura, presa demais a concepção de imitação fiel, quase científica, da natureza, não atinge o valor artístico de Castagneto, apesar de apresentar um importante conjunto documental da iconografia paulista. Já no registro da arte moderna, o marinheiro e pintorJosé Pancetti (1902 - 1958)dedica grande parte de sua produção ao registro de temas ou cenas marítimas. Suas paisagens marinhas, caracterizadas pela simplificação formal, por enquadramentos inusuais e fortes contrastes de cor, são responsáveis pela sobrevida do gênero na história da arte brasileira.
(Post em homenagem a minha saudosa mãe que foi uma artista que se revelou pintando as paisagens marinhas. Foi também uma apaixonada pelo mar e pelas praias com seus coqueiros. Ela era fã dos artistas Pancetti e Benedito Calixto)
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