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29 de janeiro de 2014

PINTURAS MARINHAS DO ARTISTA CAIÇARA BENEDITO CALIXTO E A CIDADE DE SANTOS








PINTURAS MARINHAS DO ARTISTA CAIÇARA BENEDITO CALIXTO



Um pintor,
um caiçara,
nascido no litoral paulista,
Benedito Calixto não era pescador
 mas amou a natureza
tornando-se seu grande apreciador.
Pintou o mar
com olhar apaixonado
 e pintou a cidade de Santos com olhar
detalhado.




"Santos Antiga"

"Santos - Entrada do Porto"











"Santos"




Música: "O Vento do Vento Noroeste" - Tarso Ramos - Gilberto Mendes
Gilberto Mendes - Compositor santista contemporâneo (n.1922)
Tarso Ramos, compositor santista contemporâneo compôs esta música inspirada na composição
"Vento Noroeste" de Gilberto Mendes.





Benedito Calixto nasceu em Itanhaém no litoral sul paulista, mas ainda adolescente mudou-se para o interior de São Paulo. Já adulto retorna ao litoral e se estabelece em Santos como pintor profissional. Ao pintar a decoração do Teatro Guarany em Santos, ganha como prêmio uma viagem a Paris, onde permanece por quase um ano estudando arte e fazendo exposições.
 Retorna a Santos com um equipamento fotográfico na bagagem, o que lhe deixou conhecido como o pioneiro no Brasil em pintar telas a partir de fotografias. Muda-se para São Paulo, onde permanece por sete anos, e retorna ao litoral, desta vez estabelecendo-se na cidade de São Vicente. Tornou-se então, o grande artista das paisagens marinhas, depois de ter sido um pintor das paisagens rurais, retratos e cenas históricas e religiosas.






"Ponte Pênsil - São Vicente"


"Ponte Pênsil - São Vicente"


"Baía de São Vicente"


"Porto do Tumiaru - São Vicente"


"Praia de Itararé - São Vicente"



"As paisagens são as pinturas mais constantes do artista.

Nessas obras, apresenta uma pintura lisa, com o uso de veladuras e um colorido sempre fiel às características locais, embora trabalhado de maneira bastante pessoal no uso dos verdes, azuis e ocres."


"Praia José Menino e Ilha Urubuqueçaba"


"Itanhaém"


"Santos"


"Santos"





 







"Considerado um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século XX, Benedito Calixto é o que se pode chamar de um talento nato. Autodidata, começa seus primeiros esboços ainda criança, aos 8 anos. Aos 16 anos muda-se para Santos onde tem um começo de vida difícil, chegando a pintar muros e placas de propaganda para sobreviver."










"Santos"


"Santos -detalhe da pintura acima"











"Porto de Santos"



As três pinturas abaixo, do Cais de Santos, denominado "Porto do Bispo", foram executadas por Benedito Calixto em diferentes épocas, em 1886, 1887 e 1893.


"Porto do Bispo"


"Porto do Bispo - Cais de Santos"


"Porto do Bispo"


"Porto de Santos"


"Praia José Menino - Santos"


"Bertioga"



Música: "Para Regina" - Zinomar Pereira
Músico cavaquinista santista




Benedito Calixto - Vida e Obra

Benedito Calixto de Jesus, nasceu em Itanhaém, 14 de outubro de 1853 e faleceu em São Paulo no dia 31 de maio de 1927.
Foi um pintor, desenhista, professor, historiador e astrônomo amador brasileiro.
Calixto de destacou  no cenário paulista das artes plásticas sendo considerado um dos "Quatro Grandes da Pintura Paulista, ao lado dos artistas, Almeida Júnior, Pedro Alexandrino e Oscar Pereira da Silva, no final dos anos 1800 e início dos anos 1900.



Mudança para a Cidade de Brotas
"Entre os 17 e 18 anos, a convite do irmão mais velho, muda-se para Brotas, interior de São Paulo, na época, próspera por sua produção de café. Vai morar na casa do irmão João Pedro, situada na esquina de uma praça, hoje denominada "Benedicto Calixto". Como o irmão era o responsável pela conservação da igreja e das imagens ali existentes Calixto, que já tinha habilidades nesse oficio, o ajudava nessa missão, mas logo acaba ficando com a incumbência. Tendo material à sua disposição, nas horas vagas pintava telas com vistas do local, que oferecia aos amigos. Entre os primeiros quadros feitos no município estão o "Casamento dos Bugres" e "A Saída do Ninho", hoje em mãos de colecionadores em Brotas.
Na época decorou também a sala de jantar da casa do capitão Joaquim Dias de Almeida com motivos da fauna e flora brasileiras. Seu gênio alegre e comunicativo lhe trouxe grandes amizades no município. Um desses amigos, era o coronel Cherubim Vieira de Albuquerque, abastado cafeicultor da região, que veio a lhe encomendar diversos quadros. Entre estes, vistas de suas fazendas Paraíso e Monte Alegre em 1873. Retratou também nessa época o próprio coronel e sua filha Da. Maria Eugênia de Albuquerque Pinheiro, quadros que ainda hoje se encontram no município."


De volta a Itanhaém
"Em 1877 retorna a Itanhaém para casar-se com sua prima de segundo grau, Antônia Leopoldina de Araújo. De volta a Brotas, continua pintando paisagens das fazendas locais e retratos de grandes cafeicultores. Em 1881 deixa Brotas e volta a Itanhaém, onde nasce sua primeira filha, Fantina. No final desse mesmo ano muda-se com a família para Santos, onde passa a pintar paisagens nos tetos e paredes das mansões dos prósperos comerciantes daquela cidade litorânea."

"Auto-retrato- 1923"

Primeira exposição

"Fez sua primeira exposição em 1881 no salão do jornal Correio Paulistano, em São Paulo, não tendo conseguido vender nenhum trabalho, mas obteve apreciação favorável da crítica.
Em 1882, a sorte bate em sua porta. É convidado a realizar trabalhos de entalhe e pintura na parte interna do Teatro Guarany, em Santos, o que lhe rendeu homenagens e uma bolsa de estudos, custeada por Nicolau de Campos Vergueiro, o Visconde de Vergueiro, para se aprimorar em Paris, onde fica por quase um ano e frequenta o ateliê do mestre Rafaelli e a Academia Julian. Na Europa, realizou várias exposições de sucesso. Em 1884, de volta à Santos, trouxe, na bagagem, um equipamento fotográfico e tornou-se pioneiro, no Brasil, em pintar a partir de fotografias.
Nos anos de 1886 e 87, respectivamente, nascem seus filhos Sizenando e Pedrina. Em 1890, muda-se para São Paulo. Sete anos depois volta para o litoral e vai morar em uma casa construída por ele mesmo, em São Vicente. Produz obras importantes para vários museus, entre eles o do Ipiranga, em São Paulo, para inúmeras igrejas em todo o país, para associações, fundações, instituições, a exemplo da "Bolsa Oficial do Café", em Santos, onde uma de suas principais obras "A Fundação de Santos" ocupa uma parede inteira do salão principal, além de outras duas que também têm como tema o município de Santos e o vitral do teto com alegoria para os Bandeirantes.
Durante toda a sua trajetória produziu aproximadamente 700 obras, das quais 500 são catalogadas. Pintou marinhas, retratos, paisagens rurais, urbanas e obras religiosas. Estas últimas lhe renderam a comenda de São Silvestre, outorgada pelo papa Pio XI, em 1924.
Além da pintura se revelou como historiador, escritor e fotógrafo.
Faleceu de infarto, no dia 31 de maio de 1927, em São Paulo, na casa de seu filho Sizenando, para onde tinha ido com a intenção de comprar material para terminar duas telas para a Catedral de Santos. Foi enterrado no cemitério do Paquetá, em jazida perpétua doado pela Prefeitura Municipal de Santos.
Foi homenageado na cidade de São Paulo com a Praça Benedito Calixto."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Benedito_Calixto

"Benedito Calixto, que dispunha de amplo conhecimento sobre o litoral paulista, atua ainda como cartógrafo, realizando ensaios de mapas de Santos, e como historiador, escrevendo sobre as capitanias paulistas."

"Calixto tinha uma inteligência e dotes artísticos verdadeiramente excepcionais, tanto que foi o primeiro “aluno de arte” do Brasil a ser aceito nos célebres “ateliers” de Paris, sem antes ter cursado a Academia Imperial do Rio de Janeiro.
Suas pinturas se encontram nos principais museus do Brasil, incluindo até o Estado do Pará. Várias prefeituras e igrejas também possuem suas telas e diversos particulares as possuem em suas coleções." Fonte: http://www.mercadoarte.com.br/artigos/artistas/benedito-calixto/benedito-calixto/








"Considerado “pintor-historiador”,
Calixto interpretava os assuntos perante documentos criteriosamente estudados e em harmonia com o local e a paisagem.
Além da obra pictórica, publicou estudos e ensaios históricos entre os quais:

Capitanias Paulistas” (1895)
“A Vila de Itanhaém” (1895)
“Relíquias de São Vicente”
“Bartolomeu de Gusmão e seu tempo”
“Os Primitivos Índios de Nosso Litoral” (1905)
“A Fortaleza de Santa Catarina” (1908)
“A Vila de Santo André da Borda do Campo” (1908-10)
“A Igreja e o Convento de Itanhaém” (1915)
“Costumes de minha terra”


"Benedicto Calixto procurou sempre traduzir, em suas obras, paisagens e fatos históricos ocorridos durante sua existência, ou antes dela. De acordo com a pesquisadora Maria Alice Milliet de Oliveira, “sua precisão no registro de traços arquitetônicos, panorâmicas das cidades e arredores, marinhas, nos levam ao passado, revelando paisagens hoje quase irreconhecíveis."




Visitem a Pinacoteca Benedito Calixto em Santos

Acervo das obras do artista Benedito Calixto

Av. Bartolomeu de Gusmão, 15 - Boqueirão - Santos - SP
http://www.pinacotecadesantos.org.br







Eu e a Cidade de Santos
Minha cidade natal, a qual fui separada com apenas alguns meses, de mudança para o interior paulista. Sempre retornava a Santos com meu pais para visitar minha avó italiana, a minha "noninha", minhas tias e primas.
Nasci pertinho do mar, mas logo me tiraram daquela que é a imensidão
azul aos meus olhos, o lugar onde o horizonte é infinito. Lugar que, ao retornar,  minha alma se desvanece e recomeça com um novo olhar e um novo sentir.



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