PINTURAS EXPRESSIONISTAS ALEMÃES
Grupo 'Die Brücke' (A Ponte)
Grupo do Die Brucke
por Ernst Ludwig Kirchner
Die Brücke
"O nome do grupo, Die Brucke (A Ponte), escolhido por Rottluff com base numa passagem do tratado filosófico 'Assim Falou Zaratustra', de Nietzsche, é representativo dos seus objetivos artísticos no campo da pintura. A intenção prática é estabelecer uma passagem (ponte) entre a arte contemporânea e a arte do futuro, renegando os cânones existentes na arte alemã neo-romântica e estabelecendo, para isso, um contato íntimo com a natureza e a realidade."
"Os conflitos que resultam deste contato com a realidade vão ser assimilados e transpostos expressivamente para a tela negando a preocupação pela representação exata e fiel do objeto observado. Buscam o inalterado, o não-falsificado, a alma das coisas, o que não se vê, mas sente-se. Assim, o que é representado na tela é o resultado da emoção do observador/pintor, o objeto observado altera-se de acordo com seus sentimentos. Em primeiro plano está o 'como' e não a 'coisa' representada.
Este Expressionismo de Vanguarda, surgido na Alemanha, se espalhou pelos países do norte da Europa. Ele desenvolve-se numa sociedade marcada por fortes contrastes e tensões sociais, sendo reflexo dos desajustamentos e problemas sociais.
Opção figurativa e utilização de cores fortes com uma intencionalidade – acentuar o caráter subjetivo das composições e imprimir-lhes maior expressividade;
Temáticas centradas nas questões sociais e com propósitos claros de denúncia e crítica – intervenção social;
Encontra na 1ª Guerra Mundial temática abundante;
Vai até 1933 (ano em que Hitler sobe ao poder). Durou mais tempo que o fauvismo devido à 1ª Guerra Mundial (temática fértil para o expressionismo desenvolver a sua pintura).
A solidão é uma das temáticas apresentadas.
Na Alemanha vão existir 2 grupos principais de expressionismo: Die Brucke (A Ponte) e Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul).
Der Blaue Reiter- vai servir-se da pintura como campo de pesquisa e vai relacioná-la com a música. A figura maior deste grupo é o russo Kandinsky que, a partir deste grupo, vai chegar ao abstracionismo (é através da investigação que chega a esta corrente)."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Die_Br%C3%BCcke
Características
"A figura humana é o elemento de destaque, especialmente o tema do nu em ambientes naturais (cenas de banhos), embora também a cidade surja em algumas cenas, local onde podem encontrar dinâmica e intensidade. Das muitas influências à obra do grupo, as principais são vindas dos artistas Gauguin, Van Gogh e Munch; e dos grupos dos Nabis, dos Fauves e também do Primitivismo, que vão incutir na obra do grupo o gosto pelas cores fortes e pelo traçado violento e emocional.
De modo a realçar o efeito e intensidade da pintura, o vocabulário estético é intencionalmente reduzido ao essencial e as formas simples e deformadas, sem indício de perspectiva, são evidenciadas pelo contraste de cores saturadas e complementares e por uma linha forte de contorno."
Ernst Ludwig Kirchner Pintor alemão (1880-1938) |
Ernst Ludwig Kirchner Pintor alemão (1880-1938) |
Música: "Assim Falou Zaratrusta" - Richard Strauss
Compositor e maestro alemão (1864-1949)
Compositor e maestro alemão (1864-1949)
(Música baseada no tratado filosófico de mesmo nome escrito pelo filósofo alemão Nietzsche)
Ernst Ludwig Kirchner
Pintor expressionista alemão
Ernst Ludwig Kirchner foi um dos fundadores do grupo de pintura expressionista 'Die Brücke' (A Ponte)
"Influenciado pelo cubismo e fauvismo, o pintor alemão deu formas geométricas às cores e despojou-as de sua função decorativa por meio de contrastes agressivos, com o fim de manifestar sua verdadeira visão da realidade.
Ernst Ludwig Kirchner iniciou seus estudos em arquitetura no ano de 1901 na Technische Hochschule em Dresden. Dentre várias obras, Kirchner realizou trabalhos de decoração de interiores de casas e capelas, mas foi na pintura que mais se destacou, pintou mais de mil quadros.
O artista foi o integrante de maior expressão do Die Brücke (A ponte), grupo formado em 1905 por quatro estudantes de arquitetura, cujo principal ideal era libertar a arte dos valores formais e tradicionais. A xilogravura foi uma técnica muito utilizada pelo grupo, Kirchner era o executor das xilogravuras para os cartazes e catálogos do Brücke, técnica que aprendeu aos 15 anos com seu pai. Em 1913, o grupo se dissolveu e cada artista seguiu seu caminho dentro da arte.
As características da xilogravura foram levadas para as outras obras de Kirchner, como a pintura a óleo Amazona Nua (1912), caracterizada por contornos recortados e contraste agressivo entre claro e escuro.
A bidimensionalidade e a simplicidade são marcas do artista, evidentes nas combinações simples de cor, poucas nuances, falta de perspectiva e motivos sobrepostos.
A emoção e o tormento individual de Kirchner são expostos em seus trabalhos pelo tipo de pincelada curta e agressiva. Além da influência do fauvismo, revelada na exploração e emoção das cores, e do cubismo, evidente na geometrização das formas, o pintor também foi influenciado pelo pós-impressionismo, sobretudo Van Gogh.
O mundo em torno do artista era o tema de seus trabalhos: vista de cidade, paisagens, retratos de seus companheiros, o corpo humano nu e cenas de circo e music-hall. Em 1911 Kirchner e seus amigos mudaram-se para Berlim, época na qual o pintor explorou em seus trabalhos a experiência numa metrópole moderna. As cenas urbanas se fizeram muito presentes na obras do artista, revelando um aspecto de movimento."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernst_Ludwig_Kirchner
Observação: A intensão prática do grupo de artistas que criaram o movimento artístico A Ponte (Die Brucke), foi:
"estabelecer uma passagem (ponte) entre a arte contemporânea e a arte do futuro, renegando os cânones existentes na arte alemã neo-romântica e estabelecendo, para isso, um contato íntimo com a natureza e a realidade."
O grupo Die Brucke foi formado pelos então estudantes de arquitetura, da Escola Técnica de Dresden, na Alemanha, Ernst Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, Erich Heckel e Karl Schmidt-Rottluff.
Ernst Ludwig Kirchner |
Ernst Ludwig Kirchner Pintor alemão (1880-1938) |
Ernst Ludwig Kirchner |
Ernst Ludwig Kirchner |
Ernst Ludwig Kirchner |
Ernst Ludwig Kirchner |
Ernst Ludwig Kirchner |
"Erich Heckel" por Ernst Ludwig Kirchner |
Karl Schmidt-Rottluff
Karl Schmidt-Rottluff, Chemnitz foi um pintor e gráfico alemão, membro do grupo artístico Die Brücke, considerado um dos mais importantes representantes do expressionismo alemão.
Nascido em Rottluff, hoje bairro de Chemnitz na Alemanha, mudou seu nome para Schmidt-Rottluff em 1905 e matriculou-se no curso de arquitetura na Universidade Técnica de Dresden.
Em 7 de junho de 1905 os estudantes Schmidt-Rottluff, Ernst Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, e Erich Heckel fundaram o grupo artístico Brücke. Em 1910 o grupo estende a sua atuação a Berlim por meio de Otto Mueller, terminando a sua existência em 1913 como consequência de algumas discussões internas e dos diferentes desenvolvimentos artísticos de cada um. Na época Schmidt-Rottluff trabalhava com cores intensas e as paisagens era um tema bastante presente em seu trabalho. Participou da Primeira Guerra Mundial (1917—1918) e casou-se com Emmy Frisch.
Em 1937 sua obra foi considerada arte degenerada" (entartete Kunst), termo utilizado pelo regime nazista para descrever virtualmente toda a arte moderna, e banida dos museus. Após a Segunda Guerra Mundial (1939—1945) ganha uma cadeira na Universidade de Artes plásticas de Berlim em 1947. Em 1955 participou na Documenta 1, em Kassel, a primeira edição da exposição de arte Documenta. Schmidt-Rottluff faleceu em 1976 em Berlim .
Cartaz de Fritz Bleyl para promover a primeira exposição de Die Brücke em 1906.
(Foi proibido pela polícia)
Fritz Bleyl
"Fritz Bleyl foi um artista alemão da escola expressionista, e um dos quatro fundadores do grupo artístico Die Brücke. Fez design gráfico para o grupo, e para a primeira exposição, um cartaz que foi proibido pela polícia. Abandonou o grupo após dois anos, quando se casou, para cuidar a sua família, e não fez exposições públicas posteriormente.
Fritz Bleyl cresceu na região de Erzgebirge. Em 1901 começou a estudar arquitetura na Königliche Technische Hochschule (Universidade técnica) de Dresde, como desejavam os seus pais; porém, o seu desejo pessoal era ser pintor.1 A instituição proporcionou-lhe um amplo conjunto de estudos além da arquitetura, como o desenho à mão alçada, e o estudo histórico da arte.
Bleyl travou amizade com o seu companheiro estudante, Ernst Ludwig Kirchner, ao que conheceu o primeiro trimestre. Discutiam de arte e estudavam a natureza,1 , e tinham um ponto de vista radical em comum.
Em 1905, Bleyl com Kirchner, e outros dois estudantes de arquitetura, Karl Schmidt-Rottluff e Erich Heckel, fundaram o grupo artístico Die Brücke ("A ponte"). O grupo visava a evitar o estilo acadêmico tradicional que prevalecia e encontrou um novo modo de expressão artística, que formaria uma ponte (daí o nome) entre o passado e o presente.3 Respondiam tanto a artistas do passado como Albert Dürer, Matthias Grünewald e Lucas Cranach, o Velho, o mesmo que a movimentos de vanguarda internacional contemporânea.3 O seu grupo foi um dos seminais, que viriam ter um grande impacto na evolução da arte moderna do século XX e criou o estilo do expressionismo. Nesta época, Bleyl foi um membro entusiasta do grupo. Reuniam-se inicialmente no primeiro estudo de Kirchner, que previamente fora um açougue. Bleyl descreveu-o assim:
aquele de um autêntico boêmio, cheio de quadros por todos os lados, desenhos, livros e materiais de artista— mais parecido à moradia romântica de um artista que à casa de um estudante de arquitetura bem organizado.
O estudo de Kirchner coincidia com a descrição de Bleyl, sendo um local que desprezava as convenções sociais para permitir o sexo causal e a frequente nudez.3 Sessões de grupo de pintura ao natural eram celebradas usando modelos do círculo social, mais que profissionais, e escolhendo poses de um quarto de hora para fomentar a espontaneidade.3 Bleyl descreveu uma das modelos, Isabella, uma jovem de quinze anos do vizinhança, como "muito vivaz, belamente constituída, jovial, sem qualquer deformação causada pela estúpida moda do corpete e completamente adequada para a nossas demandas artísticas, especialmente na condição florescente dos seus juvenis brotos."
O grupo compôs um manifesto, na maior parte autoria de Kirchner, que foi gravado em madeira e impunha "uma nova geração que quer liberdade na nossa obra e nas nossas vidas, independente das forças estabelecidas, mais velhas".
Como parte da afirmação da sua herança nacional, reviveram meios antigos, particularmente a xilografia. Bleyl especializou-se no design gráfico e criou vários cartazes significativos e entradas que apresentavam o grupo ao público em geral.
Em setembro e outubro de 1906, foi celebrada a primeira exposição do grupo, focada no nu feminino, na sala de exposições de K. F. M. Seifert e companhia, em Dresde. A partir de estudos do natural, Bleyl criou um cartaz em litografia para a mostra, impresso em tinta laranja sobre papel branco. Tem um estreito formato de retrato, mais próximo às xilografias japonesas do que às lâminas contemporâneas convencionais, e foi um distintivo contraste com o cartaz desenhado por Otto Gussmann para a III Exposição Alemã de Artes Aplicadas, que se inaugurara quatro meses antes em Dresde.5 Bleyl omite iconografia tal e qual uma coroa, uma lâmpada e um vestuário aboiante, para mostrar um nu franco da modelo Isabella a tamanho natural sobre as letras. Os censores da polícia proibiram a mostra do cartaz em virtude do parágrafo 184, do Código Penal nacional, cláusula sobre pornografia, após perceber penugem púbica na sombra abaixo do estômago.
Em 1916, completou a sua dissertação, e viajou à Itália e através dos Alpes. Durante o resto da sua vida, continuou ensinando e trabalhando como arquiteto. Também seguiu com a sua obra gráfica, mas manteve-se longe do escrutínio público e não celebrou exposições. Residiu em Rostock, Neukölln em Berlim e Brandemburgo."
Erich Heckel
Erich Heckel
"Erich Heckel foi um pintor e ilustrador alemão e membro fundador do grupo expressionista Die Brücke ("A Ponte"), que existiu de 1905 até 1913.
Como outros membros do grupo Die Brücke admirou a obra de Edvard Munch, e visava a tender uma "ponte" entre a pintura alemã neorromântica e a moderna pintura expressionista. Os quatro membros fundadores usaram muito a técnica de impressão ao ser um meio barato e rápido de produzir arte ao alcance de todos.
Em 1937 o partido nazista declarou que a sua obra era degenerada; proibiu mostrar a sua obra em público, e 700 quadros seus foram confiscados dos museus da nação. Por volta de 1944 todos os seus blocos de gravura em madeira e as pranchas das suas lâminas foram destruídas.
Depois da Segunda Guerra Mundial Heckel viveu em Hemmenhofen, perto do lago Constança, ensinando na Academia Karlsruhe até 1955.
Como a maioria dos membros de Die Brücke, foi um prolífico artista gráfico, com 465 gravuras em madeira, 375 água-fortes, e 400 litografias descritas no catálogo raisonné Dube, das quais mais de 200, sobretudo águas-fortes, datam dos últimos sete anos da sua vida.
Uma grande exposição retrospectiva, Erich Heckel – A sua obra na década de 1920, foi celebrada entre outubro de 2004 e fevereiro de 2005 no Museu Brücke em Berlim."
Principais características do Expressionismo:
O Expressionismo
Karl Schmidt-Rottluff, Chemnitz foi um pintor e gráfico alemão, membro do grupo artístico Die Brücke, considerado um dos mais importantes representantes do expressionismo alemão.
Nascido em Rottluff, hoje bairro de Chemnitz na Alemanha, mudou seu nome para Schmidt-Rottluff em 1905 e matriculou-se no curso de arquitetura na Universidade Técnica de Dresden.
Em 7 de junho de 1905 os estudantes Schmidt-Rottluff, Ernst Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, e Erich Heckel fundaram o grupo artístico Brücke. Em 1910 o grupo estende a sua atuação a Berlim por meio de Otto Mueller, terminando a sua existência em 1913 como consequência de algumas discussões internas e dos diferentes desenvolvimentos artísticos de cada um. Na época Schmidt-Rottluff trabalhava com cores intensas e as paisagens era um tema bastante presente em seu trabalho. Participou da Primeira Guerra Mundial (1917—1918) e casou-se com Emmy Frisch.
Em 1937 sua obra foi considerada arte degenerada" (entartete Kunst), termo utilizado pelo regime nazista para descrever virtualmente toda a arte moderna, e banida dos museus. Após a Segunda Guerra Mundial (1939—1945) ganha uma cadeira na Universidade de Artes plásticas de Berlim em 1947. Em 1955 participou na Documenta 1, em Kassel, a primeira edição da exposição de arte Documenta. Schmidt-Rottluff faleceu em 1976 em Berlim .
Karl Schmidt-Rottluff Pintor alemão (1884-1976) |
Karl Schmidt-Rottluff |
Karl Schmidt-Rottluff |
Karl Schmidt-Rottluff |
Karl Schmidt-Rottluff |
(Foi proibido pela polícia)
Fritz Bleyl
"Fritz Bleyl foi um artista alemão da escola expressionista, e um dos quatro fundadores do grupo artístico Die Brücke. Fez design gráfico para o grupo, e para a primeira exposição, um cartaz que foi proibido pela polícia. Abandonou o grupo após dois anos, quando se casou, para cuidar a sua família, e não fez exposições públicas posteriormente.
Fritz Bleyl cresceu na região de Erzgebirge. Em 1901 começou a estudar arquitetura na Königliche Technische Hochschule (Universidade técnica) de Dresde, como desejavam os seus pais; porém, o seu desejo pessoal era ser pintor.1 A instituição proporcionou-lhe um amplo conjunto de estudos além da arquitetura, como o desenho à mão alçada, e o estudo histórico da arte.
Bleyl travou amizade com o seu companheiro estudante, Ernst Ludwig Kirchner, ao que conheceu o primeiro trimestre. Discutiam de arte e estudavam a natureza,1 , e tinham um ponto de vista radical em comum.
Em 1905, Bleyl com Kirchner, e outros dois estudantes de arquitetura, Karl Schmidt-Rottluff e Erich Heckel, fundaram o grupo artístico Die Brücke ("A ponte"). O grupo visava a evitar o estilo acadêmico tradicional que prevalecia e encontrou um novo modo de expressão artística, que formaria uma ponte (daí o nome) entre o passado e o presente.3 Respondiam tanto a artistas do passado como Albert Dürer, Matthias Grünewald e Lucas Cranach, o Velho, o mesmo que a movimentos de vanguarda internacional contemporânea.3 O seu grupo foi um dos seminais, que viriam ter um grande impacto na evolução da arte moderna do século XX e criou o estilo do expressionismo. Nesta época, Bleyl foi um membro entusiasta do grupo. Reuniam-se inicialmente no primeiro estudo de Kirchner, que previamente fora um açougue. Bleyl descreveu-o assim:
aquele de um autêntico boêmio, cheio de quadros por todos os lados, desenhos, livros e materiais de artista— mais parecido à moradia romântica de um artista que à casa de um estudante de arquitetura bem organizado.
O estudo de Kirchner coincidia com a descrição de Bleyl, sendo um local que desprezava as convenções sociais para permitir o sexo causal e a frequente nudez.3 Sessões de grupo de pintura ao natural eram celebradas usando modelos do círculo social, mais que profissionais, e escolhendo poses de um quarto de hora para fomentar a espontaneidade.3 Bleyl descreveu uma das modelos, Isabella, uma jovem de quinze anos do vizinhança, como "muito vivaz, belamente constituída, jovial, sem qualquer deformação causada pela estúpida moda do corpete e completamente adequada para a nossas demandas artísticas, especialmente na condição florescente dos seus juvenis brotos."
O grupo compôs um manifesto, na maior parte autoria de Kirchner, que foi gravado em madeira e impunha "uma nova geração que quer liberdade na nossa obra e nas nossas vidas, independente das forças estabelecidas, mais velhas".
Como parte da afirmação da sua herança nacional, reviveram meios antigos, particularmente a xilografia. Bleyl especializou-se no design gráfico e criou vários cartazes significativos e entradas que apresentavam o grupo ao público em geral.
Em setembro e outubro de 1906, foi celebrada a primeira exposição do grupo, focada no nu feminino, na sala de exposições de K. F. M. Seifert e companhia, em Dresde. A partir de estudos do natural, Bleyl criou um cartaz em litografia para a mostra, impresso em tinta laranja sobre papel branco. Tem um estreito formato de retrato, mais próximo às xilografias japonesas do que às lâminas contemporâneas convencionais, e foi um distintivo contraste com o cartaz desenhado por Otto Gussmann para a III Exposição Alemã de Artes Aplicadas, que se inaugurara quatro meses antes em Dresde.5 Bleyl omite iconografia tal e qual uma coroa, uma lâmpada e um vestuário aboiante, para mostrar um nu franco da modelo Isabella a tamanho natural sobre as letras. Os censores da polícia proibiram a mostra do cartaz em virtude do parágrafo 184, do Código Penal nacional, cláusula sobre pornografia, após perceber penugem púbica na sombra abaixo do estômago.
Em 1916, completou a sua dissertação, e viajou à Itália e através dos Alpes. Durante o resto da sua vida, continuou ensinando e trabalhando como arquiteto. Também seguiu com a sua obra gráfica, mas manteve-se longe do escrutínio público e não celebrou exposições. Residiu em Rostock, Neukölln em Berlim e Brandemburgo."
Fritz Bleyl Pintor alemão (1880-1966) |
Erich Heckel
Erich Heckel
Pintor alemão (1883-1970)
|
Erich Heckel |
Erich Heckel |
Erich Heckel |
Erich Heckel |
Erich Heckel |
Erich Heckel |
Auto-retrato - Erich Heckel Pintor alemão (1883-1970) |
Erich Heckel
"Erich Heckel foi um pintor e ilustrador alemão e membro fundador do grupo expressionista Die Brücke ("A Ponte"), que existiu de 1905 até 1913.
Como outros membros do grupo Die Brücke admirou a obra de Edvard Munch, e visava a tender uma "ponte" entre a pintura alemã neorromântica e a moderna pintura expressionista. Os quatro membros fundadores usaram muito a técnica de impressão ao ser um meio barato e rápido de produzir arte ao alcance de todos.
Em 1937 o partido nazista declarou que a sua obra era degenerada; proibiu mostrar a sua obra em público, e 700 quadros seus foram confiscados dos museus da nação. Por volta de 1944 todos os seus blocos de gravura em madeira e as pranchas das suas lâminas foram destruídas.
Depois da Segunda Guerra Mundial Heckel viveu em Hemmenhofen, perto do lago Constança, ensinando na Academia Karlsruhe até 1955.
Como a maioria dos membros de Die Brücke, foi um prolífico artista gráfico, com 465 gravuras em madeira, 375 água-fortes, e 400 litografias descritas no catálogo raisonné Dube, das quais mais de 200, sobretudo águas-fortes, datam dos últimos sete anos da sua vida.
Uma grande exposição retrospectiva, Erich Heckel – A sua obra na década de 1920, foi celebrada entre outubro de 2004 e fevereiro de 2005 no Museu Brücke em Berlim."
Principais características do Expressionismo:
-pesquisa no domínio psicológico;
-cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
-dinamismo improvisado, abrupto, inesperado; pasta grossa, martelada, áspera;
-técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
-preferência pelo patético, trágico e sombrio
-preferência pelo patético, trágico e sombrio
O Expressionismo
"O expressionismo foi um movimento artístico e cultural de vanguarda surgido na Alemanha no início do século XX, transversal aos campos artísticos da arquitetura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança e fotografia. Manifestou-se inicialmente através da pintura, coincidindo com o aparecimento do fauvismo francês, o que tornaria ambos os movimentos artísticos os primeiros representantes das chamadas "vanguardas históricas".
Mais do que meramente um estilo com características em comum, o Expressionismo é sinônimo de um amplo movimento heterogêneo, de uma atitude e de uma nova forma de entender a arte, que aglutinou diversos artistas de várias tendências, formações e níveis intelectuais. O movimento surge como uma reação ao positivismo associado aos movimentos impressionista e naturalista, propondo uma arte pessoal e intuitiva, onde predominasse a visão interior do artista – a "expressão" – em oposição à mera observação da realidade – a "impressão".
O expressionismo compreende a deformação da realidade para expressar de forma subjectiva a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão de sentimentos em relação à simples descrição objetiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo não tem uma época ou um espaço geográfico definidos, e pode mesmo classificar-se como expressionista a obra de autores tão diversos como o holandês Piet Zwiers, Matthias Grünewald, Pieter Brueghel, o Velho, El Greco ou Francisco de Goya. Alguns historiadores, de forma a estabelecer uma distinção entre termos, preferem o uso de "expressionismo" – em minúsculas – como termo genérico, e "Expressionismo" – com inicial maiúscula – para o movimento alemão.
Através de uma paleta cromática vincada e agressiva e do recurso às temáticas da solidão e da miséria, o expressionismo é um reflexo da angústia e ansiedade que dominavam os círculos artísticos e intelectuais da Alemanha durante os anos anteriores à Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e que se prolongaria até ao fim do período entre-guerras (1918-1939). Angústia que suscitou um desejo veemente de transformar a vida, de alargar as dimensões da imaginação e de renovar a linguagem artística. O expressionismo defendia a liberdade individual, o primado da subjetividade, o irracionalismo, o arrebatamento e os temas proibidos – o excitante, diabólico, sexual, fantástico ou perverso. Pretendeu ser o reflexo de uma visão subjectiva e emocional da realidade, materializada através da expressividade dos meios plásticos, que adquiriram uma dimensão metafísica, abrindo os sentidos ao mundo interior. Muitas vezes visto como genuína expressão da alma alemã, o seu carácter existencialista, o seu anseio metafísico e a sua visão trágica do ser humano são características inerentes a uma concepção existencial aberta ao mundo espiritual e às questões da vida e da morte. Fruto das peculiares circunstâncias históricas em que surge, o expressionismo veio revelar o lado pessimista da vida e a angústia existencialista do indivíduo, que na sociedade moderna, industrializada, se vê alienado e isolado."
Mais do que meramente um estilo com características em comum, o Expressionismo é sinônimo de um amplo movimento heterogêneo, de uma atitude e de uma nova forma de entender a arte, que aglutinou diversos artistas de várias tendências, formações e níveis intelectuais. O movimento surge como uma reação ao positivismo associado aos movimentos impressionista e naturalista, propondo uma arte pessoal e intuitiva, onde predominasse a visão interior do artista – a "expressão" – em oposição à mera observação da realidade – a "impressão".
O expressionismo compreende a deformação da realidade para expressar de forma subjectiva a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão de sentimentos em relação à simples descrição objetiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo não tem uma época ou um espaço geográfico definidos, e pode mesmo classificar-se como expressionista a obra de autores tão diversos como o holandês Piet Zwiers, Matthias Grünewald, Pieter Brueghel, o Velho, El Greco ou Francisco de Goya. Alguns historiadores, de forma a estabelecer uma distinção entre termos, preferem o uso de "expressionismo" – em minúsculas – como termo genérico, e "Expressionismo" – com inicial maiúscula – para o movimento alemão.
Através de uma paleta cromática vincada e agressiva e do recurso às temáticas da solidão e da miséria, o expressionismo é um reflexo da angústia e ansiedade que dominavam os círculos artísticos e intelectuais da Alemanha durante os anos anteriores à Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e que se prolongaria até ao fim do período entre-guerras (1918-1939). Angústia que suscitou um desejo veemente de transformar a vida, de alargar as dimensões da imaginação e de renovar a linguagem artística. O expressionismo defendia a liberdade individual, o primado da subjetividade, o irracionalismo, o arrebatamento e os temas proibidos – o excitante, diabólico, sexual, fantástico ou perverso. Pretendeu ser o reflexo de uma visão subjectiva e emocional da realidade, materializada através da expressividade dos meios plásticos, que adquiriram uma dimensão metafísica, abrindo os sentidos ao mundo interior. Muitas vezes visto como genuína expressão da alma alemã, o seu carácter existencialista, o seu anseio metafísico e a sua visão trágica do ser humano são características inerentes a uma concepção existencial aberta ao mundo espiritual e às questões da vida e da morte. Fruto das peculiares circunstâncias históricas em que surge, o expressionismo veio revelar o lado pessimista da vida e a angústia existencialista do indivíduo, que na sociedade moderna, industrializada, se vê alienado e isolado."
Origens e influências
"Embora por expressionismo fosse conhecido nomeadamente o movimento artístico desenvolvido na Alemanha, em princípios do século XX, muitos historiadores e críticos da arte também empregam este termo, mais genericamente, para descrever o estilo de grande variedade de artistas ao longo de toda a História. Entendida como a deformação da realidade para buscar uma expressão mais emocional e subjetiva da natureza e do ser humano, o expressionismo é pois extrapolável a qualquer época e espaço geográfico. Assim, com frequência qualificou-se de expressionista a obra de diversos autores como Hieronymus Bosch, Matthias Grünewald, Quentin Matsys, Pieter Brueghel, o Velho, El Greco, Francisco de Goya e Honoré Daumier.
As raízes do expressionismo encontram-se em estilos como o simbolismo e o pós-impressionismo, bem como nos Nabis e em artistas como Paul Cézanne, Paul Gauguin e Vincent Van Gogh. Assim mesmo, têm pontos de contato com o neoimpressionismo e o fauvismo pela sua experimentação com a cor.
Os expressionistas receberam numerosas influências: em primeiro lugar a da arte medieval, especialmente a gótica alemã. De signo religioso e caráter transcendente, a arte medieval punha ênfase na expressão, não nas formas: as figuras tinham pouca corporeidade, perdendo interesse pela realidade, as proporções, a perspectiva. Por outro lado, acentuava a expressão, sobretudo na olhada: as personagens eram simbolizas mais que representadas. Assim, os expressionistas inspiraram-se nos principais artistas do gótico alemão, desenvolvido através de duas escolas fundamentais: o estilo internacional (finais do século XIV-primeira metade do XV), representado por Conrad Soest e Stefan Lochner; e o estilo flamengo (segunda metade do século XV), desenvolvido por Konrad Witz, Martin Schongauer e Hans Holbein, o Velho. Também se inspiraram na escultura gótica alemã, que salientou pela sua grande expressividade, com nomes como Veit Stoss e Tilman Riemenschneider. Outro ponto de referência foi Matthias Grünewald, pintor tardo-medieval que, embora conhecesse as inovações do Renascimento, seguiu numa linha pessoal, caracterizada pela intensidade emocional, uma expressiva distorção formal e um intenso colorido incandescente, como na sua obra mestra, o Retábulo de Isenheim."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Expressionismo
Muito bom o texto
ResponderExcluirObrigada!! Que bom que gostou!!
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