ARTE RENASCENTISTA
PINTURA DO ARTISTA FLORENTINO BOTTICELLI
A Primavera e o Nascimento de Vênus
Duas pinturas de Botticelli
referenciando a mitologia greco-romana
A PRIMAVERA DE BOTTICELLI
Pintura também conhecida como
"Alegoria da Primavera"
"A Primavera" (c. 1482) Têmpera sobre madeira (203 x 314 cm) (Galleria degli Uffizi de Florença) - Sandro Botticelli Pintor florentino renascentista (1445-1510) |
"Na pintura Primavera, Botticelli demonstra já sua maturidade artística.
O quadro representa os jardins primaveris da deusa Vênus, que aparece no centro com um gesto convidativo. Esta enigmática cena pode constituir uma alegoria da chegada da primavera, como descrita por Poliziano e Ovídio."
fonte: https://deanimaverbum.weebly.com/de-anima-verbum/a-elegancia-a-melancolia-e-a-forca-expressiva-de-botticelli
Música: "Primavera" - "As Quatro Estações" - Vivaldi
Antonio Vivaldi - Compositor barroco italiano (1678-1741)
Da "Le quattro stagioni" op. 8
Concerto n. 1 in Mi maggiore RV 269 - "La Primavera" - Allegro
Pintura Explicada:
"Por cima dela, seu filho, o cupido (Eros, para os gregos), atira suas flechas de amor, com os olhos vendados. É tido que qualquer ser atingido por suas flechas, se apaixonará perdidamente pela primeira figura que ver, não importando o que ou quem seja, já que o amor é cego (olhos vendados). A chama de suas flechas é um símbolo da paixão que vive no sentimento que ela provocará.
Soberana no bosque, Vênus está um pouco atrás das demais figuras, como se deixasse passar seu séquito. Por cima dela, as laranjeiras se fecham em semicírculo como uma auréola que circunda a deusa, principal personagem do quadro.
Cupido ou Eros na mitologia
As Três Graças
Detalhe Colar de uma das Três Graças
Mercúrio
Mensageiro dos deuses
Flora que se transforma na Primavera
Zéfiro (em Azul) - Deus do Vento Oeste, a ninfa Clóris e a deusa Flora
A estranha figura masculina azul que surge alada num dos cantos da composição é Zéfiro, deus dos ventos. Ele penetra violentamente nos jardim, a ponto de curvar as árvores. Toda sua força é usada para perseguir a bela ninfa Clóris, que quase cai sobre a deusa Flora, um pouco à sua frente.
As ninfas em geral eram filhas de pai ou mãe divinos. Retratadas como belas mulheres, estavam associadas ao campo, ou à outras forças da natureza. Freqüentemente acompanhavam os séquitos dos deuses.
Essa cena misteriosa é proveniente de um texto da antiguidade, provavelmente o dos “fastos”, que se encontra no calendário romano dos festivais, o qual devemos a Ovídeo. O poeta descreve neste texto o principio da primavera como o momento em que a ninfa Clóris se transforma em Flora, a deusa das flores: “Eu era Clóris, a quem chamam Flora” – é assim que a ninfa começa sua narrativa, enquanto algumas flores escapam de sua boca. Zéfiro, lamenta-se ela, foi arrebatado por uma paixão selvagem ao vê-la. Assim, perseguiu-a e tomou-a à força para sua mulher. Porém, se dando conta de seus atos brutais, arrependeu-se, e para recompensá-la transforma-a na deusa das flores, rainha da primavera.
O tema expresso por esses três personagens, então, simboliza a chegada da primavera, tal como descrito por Ovídeo em seu calendário. Isso explica também o porquê das roupas das duas mulheres tomarem direções diferentes; pois elas pertencem a dois momentos completamente distintos na narrativa de Ovídeo.
As três dançarinas do outro lado da composição são na verdade as Três Graças, companheiras de Vênus. Ao lado destas, está Mercúrio, mensageiro dos deuses. Reconhecemo-lo pelas suas sandálias aladas, assim como pelo caduceu que tem na mão elevada, o bastão rodeado por duas serpentes, que é sua principal insígnia. Ele segura o caduceu ao alto, como se quisesse dissipar algumas nuvens negras que avançam em direção à Vênus.
A mitologia antiga conta que Mercúrio separou com uma vara duas serpentes que lutavam, fazendo do caduceu o símbolo da paz. Afastando as nuvens de Vênus, ele se torna o protetor do jardim, onde não deve existir nenhuma nuvem ou perturbação, onde reinará a paz eterna.
A coragem de Mercúrio como protetor do jardim está ilustrada pela presença acentuada do sabre, mostrando que ele seria capaz de repelir os inimigos em qualquer circunstância."
fonte: https://www.klepsidra.net/klepsidra18/renascimento.htm
"Zephyrus – o jovem azul – persegue flora e fecunda-a com um suspiro. Flora transforma-se na Primavera, que é a personificação dessa estação do ano. A Primavera, enquanto estação do ano é a que traz a renovação, a fecundidade e o reflorescimento.
No grupo da Primavera, o grupo da direita, se vê a fecundidade da flora, causada pelo vento que faz com que as flores se fecundem na Primavera. Desse modo, se vê a transformação ocorrida, assim como a transformação ocorrida neste período da história da humanidade. Este jogo de transformação, de passado e de futuro, a Primavera, que se situa entre o Inverno e o Verão não olha para trás. Nesta alegoria, o Inverno representa o período anterior, a Idade Média, que de acordo com Byington, era repudiado pelos homens que viviam eufóricos com o novo momento e entusiasmados em direção às novas formas, pelo que estava por vir. Foi um período, portanto, cheio de flores e frutos, em que se respiravam novos ares, como os sugeridos pelos pulmões com seus alvéolos no fundo da obra. A obra sintetiza os ideais do Renascimento, e demonstra esse momento do equinócio, ou seja, do equilíbrio que os homens deste período buscavam."
fonte: http://astro.ufes.br/aprimavera-botticelli
"A Primavera, também conhecida como Alegoria da Primavera.
A pintura utiliza a técnica de têmpera sobre madeira. Pintado no ano 1482, o quadro é descrito na revista "Cultura e Valores" (2009) como "um dos quadros mais populares na arte ocidental". É também, segundo a publicação "Botticelli, Primavera" (1998), uma das pinturas mais faladas, e mais controversas do mundo". Enquanto a maioria dos críticos concordam que a pintura, retrata um grupo de figuras mitológicas num jardim (alegoria para o crescimento exuberante da Primavera), outros dão sentidos diferente à obra, sendo, por vezes, citado para ilustrar o ideal de amor neoplatónico.
A história da pintura não é muito conhecida, porém, parece ter sido encomendada por Lorenzo di Pierfrancesco de Médici. É provável que Botticelli se tenha inspirado nas odes de Poliziano para realizar esta obra. As outras fontes são da Antiguidade: os Faustos de Ovídio e De rerum natura de Lucrécio. Desde 1919 que a pintura faz parte da colecção da Galeria Uffizi em Florença, Itália."
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Primavera_(Botticelli)
O Nascimento de Vênus
Vênus a deusa do amor e da beleza
A lenda de Vênus nos conta que essa bela deusa nasceu da espuma do mar
"O nascimento de Vênus" (c. 1485) Têmpera sobre tela (172,5 x 278,5 cm) (Galleria degli Uffizi de Florença) - Sandro Botticelli Pintor florentino renascentista (1445-1510) |
A obra não recria o nascimento de Vênus, mas sim a chegada da deusa às costas da ilha de Citera, tal e qual a descreveu o poeta Angelo Poliziano.
Vênus, nascida da espuma do mar, emerge dentre as ondas sobre uma concha, como encarnação da beleza perfeita. As divindades do vento, Zéfiro e Aura, a levam à terra firme, onde uma Hora da primavera a espera, para cobri-la com um manto florido."
fonte: https://deanimaverbum.weebly.com/de-anima-verbum/a-elegancia-a-melancolia-e-a-forca-expressiva-de-botticelli
Vênus
Hora - Deusa das Estações
Segurando o manto bordado de flores
Zéfiro - O Deus do Vento Oeste
Origem da pintura O Nascimento de Vênus
"O Nascimento de Vênus é uma pintura de Sandro Botticelli, encomendada por Lorenzo di Piero Francesco de Médici para a Villa Medicea di Castello.
A obra está exposta na Galleria degli Uffizi, em Florença, na Itália. Consiste de têmpera sobre tela e mede 172,5 cm de altura por 278,5 cm de largura.
A pintura representa a deusa Vênus emergindo do mar, já mulher adulta, conforme descrito na mitologia romana.
Qualquer que tenha sido a inspiração do artista, parecem haver influências de obras como "Metamorfoses" e "Fasti", ambas de Ovídio, e "Versos", de Poliziano."
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Nascimento_de_V%C3%AAnus
"No quadro, a deusa clássica Vênus emerge das águas em uma concha, sendo empurrada para a margem por Zéfiro, o Vento Oeste, símbolos das paixões espirituais, e recebendo, de uma Hora (as Horas eram as deusas das estações), uma manto bordado de flores.
Alguns especialistas argumentam que a deusa nua não representaria a paixão terrena, carnal, e sim a paixão espiritual.
Vênus apresenta-se de forma similar a antigas estátuas de mármore (cujo candor teria inspirado o escultor do século XVIII Antonio Canova), esguia e com longos membros e traços harmoniosos.
O efeito causado pelo quadro, no entanto, foi um de paganismo, já que foi pintado em época em que a maioria da produção artística se atinha a temas católicos. Por isso, chega a ser surpreendente que o quadro tenha escapado das fogueiras de Savonarola, que consumiram outras tantas obras de Botticelli que teriam "influências pagãs".
A anatomia da Vênus, assim como vários outros detalhes menores, não revela o estrito realismo clássico de Leonardo da Vinci ou Rafael. O pescoço é irrealisticamente longo e o ombro esquerdo posiciona-se em ângulo anatomicamente improvável. Não se sabe se tais detalhes constituiram erros artísticos ou licença artística, mas não chegam a atrapalhar a beleza da obra, e alguns chegam a sugerir que seriam presságios do vindouro Maneirismo."
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Nascimento_de_V%C3%AAnus
Vídeo-Música - BOTTICELLI
Coleção de 139 pinturas
Nenhum comentário:
Postar um comentário