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16 de abril de 2014

PINTURAS DE MULHERES E SEUS LEQUES - MARY CASSATT - RENOIR - PICASSO - A LINGUAGEM DOS LEQUES - LEQUES EM FOTOGRAFIAS








PINTURAS DE MULHERES E SEUS LEQUES


Os leques já foram objetos de charme e conquista entre as elegantes damas da sociedade dos séculos passados. Elas o usavam como parte de seu vestuário e também como forma de  linguagem para com seus "fãs".
Hoje em dia os leques ainda são usados, mesmo que por pouquíssimas mulheres, não por ser chique e sim para aliviar o calor, principalmente nas mulheres mais velhas.


"Linguagem do Leque" - Jules Joseph Lefebvre
Pintor francês (1836-1911)


"Mulher Espanhola com Leque" - Joseph Haynes
Pintor inglês (1760-1829)




Música: "Sicilian Breeze" ("Brisa Siciliana") - Instrumental





Em diferentes épocas e estilos artísticos, as mulheres segurando leques, foram retratas por diversos artistas:

Gauguin, Renoir, Picasso, Chagall, Modigliani, Velazquez, Klimt, Manet, Berthe Morisot, John Singer Sargent, Mary Cassatt e outros artistas.

"Mulher Tahitiana" - Paul Gauguin
Pintor francês (1848-1903)

Renoir

Renoir

Renoir

Picasso

Picasso

Marc Chagall
Pintor russo-francês (1887-1985)

Amadeo Modigliani
Pintor italiano (1884-1920)

Diego Velazquez
Pintor espanhol (1599-1660)

Gustav Klimt
Pintor austríaco (1862-1918)

Fernand Toussaint
Pintor belga (1873-1956)

Édouard Manet
Pintor francês (1832-1883)

Berthe Morisot
Pintora francesa (1841-1895)

Berthe Morisot
Pintora francesa (1841-1895)

Berthe Morisot



O artista John Singer Sargent retratou várias damas com seus leques em mãos.
Nascido na Itália, em Florença, filho de pais norte americanos, estudou na Academia de Belas Artes de Florença. Foi famoso por suas pinturas de retratos, paisagens e aquarelas.

John Singer Sargent
Pintor norte americano (1816-1925)

John Singer Sargent
Pintor norte americano (1816-1925)

John Singer Sargent
Pintor norte americano (1816-1925)

John Singer Sargent

John Singer Sargent

John Singer Sargent


"Uma dama sem leque é como um nobre sem espada."
(Madame de Stael - Romancista francesa)

John Singer Sargent

John Singer Sargent

John Singer Sargent


A artista Mary Cassatt retratou várias mulheres com seus leques

Mary Cassatt
Pintora norte americana (1844-1926)

Mary Cassatt
Pintora norte americana (1844-1926)

"Dançarina Espanhola" - Mary Cassatt
Pintora norte americana (1844-1926)

"Dançarina Espanhola com Véu de Renda" - Mary Cassatt
Pintora norte americana (1844-1926)

Mary Cassatt

Mary Cassatt

Mary Cassatt

Mary Cassatt

Mary Cassatt

Mary Cassatt

Mary Cassatt


Música: "Prelúdios I - 3. O Vento na Planície" - Claude Debussy
Compositor e pianista  francês (1862-1918)



Outros Artistas

Celeste Bergin
Pintora norte americana contemporânea




Daniel Hernandez Morillo
Pintor peruano (1856-1932)

Eugene de Blaas
Pintor italiano (1843-1932)
Eugene Vincent Vidal
Pintor francês (1850-1908)

Hamilton Hamilton
Pintor inglês (1847-1928)

James Dawson Watson
Pintor inglês (1832-1890)

Oscar Miller
Pintor (1867-1921)

Oliver Joseph Colmanns
Pintor belga (1816-1889)

Roberto Fontano
Pintor italiano (1844-1907)





O Leque é utilizado também como acessório de coreografias em vários estilos de dança.

"Aula de Dança" - Edgar Degas

"Pronta para o Baile" - Sophie Anderson
Pintora inglesa (1823-1903)
"Flamengo" - Caroline Gold
Ilustradora contemporânea


Dançarina de Flamengo Sevilhana





Leques - História

Origem e Tipos

O leque, objeto usado desde a mais remota antiguidade, pois aparece nas pinturas murais do Egito e da Assíria existe, pelo que se presume, há mais de 3 mil anos. 


"Alguns autores defendem a ideia de que o aparecimento do leque se deu no Japão, entre os séculos XI a VIII.
Outros, situam o surgimento do leque quase ao mesmo tempo do surgimento do homem, e muitos são os mitos e lendas que tratam de sua origem, assim como diferentes povos se dizem responsáveis pela criação desse acessório.

Chen Hongshou
Pintor chinês (1598-1652)

Leque oriental, feito em madeira
"Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não mais suportando o calor durante um baile de máscaras, e não podendo expor seu rosto aos olhares indesejáveis, dele se serviu para abanar-se, tendo logo seu gesto imitado por outras damas do baile.
As principais civilizações desde a Antiguidade fizeram uso dele, como o Egito, Assíria, Pérsia, Índia, China, Grécia e Roma, tendo ele sido utilizado como símbolo de poder em sua essência. As ventarolas foram as primeiras a chegarem na Europa durante os séculos XII e XIII provenientes do Oriente através das Cruzadas. Porém foi apenas no século XVI, quando os portugueses trouxeram os primeiros exemplares das suas colônias da Ásia, que iniciou-se de fato a moda de seu uso na Europa. Sendo assim nos séculos XVII, XVIII e XIX tornaram-se um complemento indispensável à vaidade feminina, invadindo salões e despertando paixões.
Fabricados de diferente materiais e técnicas como o marfim, a madrepérola, o charão, a tartaruga, as madeiras perfumadas, as plumas, os tecidos e os papeis pintados em litografia aquarelada ou tempera. Com cenas de gênero galantes, mitológicas, campestres ou orientais, muitas vezes retratando momentos históricos. Dentre tantas variações temos os comemorativos, de penas, plumas, com rendas, com tecido, tipo “baralho”, “mandarim”, com papel e as ventarolas.




Leque de 1845
A armação do leque apresenta duas partes, uma interna e outra externa e é formada de varetas, sendo que as externas tem o nome de varetas mestras, e a da frente, a principal. As varetas mestras são geralmente mais ornamentadas do que as simples, em muitas vezes apresentam as iniciais da dona do leque. No "leque indiscreto", eram colocados pequenos espelhos que permitiam as damas ver a movimentação ao seu redor, sem serem vistas. A "folha" é a parte mais decorada do leque que podia ser feita com pinturas sobre tecido, papel, pergaminho, rendas, seda, etc, sendo geralmente ornamentadas com pinturas ou bordados com lantejoulas metálicas ou mesmo com fios de ouro ou prata.
É neste contexto de luxo e sedução que no século XIX toma força a "Linguagem do Leque". Esta era um complicado sistema de posições e gesticulações que possibilitavam as damas se comunicar e flertar.
Desde meados do século XVIII, a França foi a principal fabricante de leques e adereços de luxo. Com o desgaste ocasionado pela Revolução Francesa na produção deste tipo de produto, entram no mercado, importados pela Inglaterra, os leques orientais. Estes eram confeccionados em charão, sândalo ou marfim e traziam geralmente estampas de caráter bucólico e cenas de vida cotidiana. Após a ascensão de Napoleão Bonaparte ao trono francês, a vida na corte toma outros rumos e a produção dos artefatos de luxo revigora-se. Neste período os leques, bem como a moda por completo, inspiram-se nos ideais clássicos, com cenas de faunos e bacantes, e nos modelos napoleônicos.

Leque de 1815 a 1820
Com a queda de Napoleão, a restauração do governo da França nas mãos da monarquia e as mudanças realizadas na moda entre 1820 e 1830 com o aumento das saias e das mangas, o leque acompanha esta evolução duplicando seu tamanho anterior, passando de 15 para 30 centímetros. Com a indústria do luxo consolidada, a produção francesa gera raridades como leques em prata dourada, além de desenvolver máquinas de perfuração e gravação em osso e marfim. Nas décadas de 1830 e 1840, o leque manteve seu tamanho variando entre os 30 e 29 centímetros. A folha ou panache ainda era feita de papel, ricamente decorado com aquarelas ou litogravuras por vezes pintadas e guarnecidas de prata.
Por volta de 1845, os leques, antes finos e longos, ganham mais forma nas varetas. Esta mudança deve-se ao primeiros leques "Mandarim" trazidos pelas casas de impostação inglesas de suas colônias na China.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leque

Curiosidade: Eis uma frase de Madame de Stäel, uma dama da sociedade francesa, a respeito do leque:
"Há tantos modos de se servir de um leque que se pode distinguir, logo à primeira vista, uma princesa de uma condessa, uma marquesa de uma 'routurière'. Aliás, uma dama sem leque é como um nobre sem espada."


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Os leques com suas variadas pinturas e acabamentos











































A Linguagem dos Leques



Colocar o leque aberto nos lábios, quer dizer "Sou solteira".



  Colocar o leque junto ao coração: conquistou meu amor
· Colocar o leque fechado junto ao olho direito: quando posso vê-lo de novo? A que horas, é respondido pelo número de varetas.
· Tocar com a mão no leque ao abaná-lo: o meu desejo era estar sempre junto de ti.
· Acariciar o leque fechado: não seja tão imprudente.
· Tocar com o leque meio aberto nos lábios: pode me beijar
· Unir as mãos debaixo do leque aberto: não traia nosso segredo.
· Esconder os olhos atrás do leque aberto: amo-o
· Fechar muito devagar o leque: prometo casar consigo.
· Passar o leque pelos olhos: peço desculpas.
· Tocar a extremidade do leque com o dedo: quero falar consigo
· Tocar o leque na face direita: sim.
· Tocar o leque na face esquerda: não.
· Fechar e abrir o leque várias vezes: você é cruel.
· Deixar cair o leque: nós vamos ser amigos.
· Abanar o leque muito devagar: sou casada.
· Abanar o leque muito depressa: estou comprometida.
· Levar o cabo do leque aos lábios: beije-me.
· Abrir todo o leque: espere por mim.
· Colocar o leque na cabeça: não se esqueça de mim.
· Fazer o mesmo movimento com o leque, estendendo o polegar: adeus.
· Segurar o leque na mão direita e em frente à face: siga-me.
· Segurar o leque na mão esquerda e em frente à face: estou desejosa de o conhecer.
· Colocar o leque junto da orelha esquerda: quero ver-me livre de si.
· Passar o leque pela testa: você mudou.
· Rodar o leque com a mão esquerda: estamos a ser observados.
· Rodar o leque com a mão direita: amo outro.
· Segurar o leque na mão direita: você está sendo muito precipitado.
 (Texto de um quadro exposto num castelo de Sintra, Portugal)


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