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11 de maio de 2016

ARTE FRANCESA - JEAN LEON GEROME - PINTURAS ACADÊMICAS



PINTURAS ACADÊMICAS FRANCESAS

JEAN LÉON GÉRÔME

Artista acadêmico francês, autor de uma vasta e esplêndida obra, eclética, com temas históricos, bíblicos, mitológicos e orientais.




"A Virgem, O Menino Jesus e São João"




Música: "Les Borádes" - Suite d'orchestre - Rameau
Jean-Philippe Rameau - Compositor francês (1683-1764)





Pinturas Consagradas e Premiadas


"Da Época de Augustus, o Nascimento de Cristo"


"Anacreon, Baco e Cupido" (Poeta grego, Deus Grego do Vinho e Deus Grego do Amor)




"Michelangelo, Em Seu Estúdio"


"Retrato de uma Lady"


"O Flautista (Pifferaro)"


"O Pastor Sírio"


"O Duelo, Após o Masquerade  (Baile de Máscaras)"


"Recreação em Campo Russo"


"A Morte de Cézar"


"São Vicente de Paula"

"São Jerônimo"


Pinturas Orientais

"Arnaut e Seu Cachorro"


"Harem no Quiosque, O Guardião de Seraglio" 


"Recrutas Egípcios Atravessando o Deserto"


"O Negro Bashi Bazouk"



"Mulheres do Harém Alimentando Pombos no Pátio"







"Briga de Galos"






"Phryne (Friné) Revelada em Aeropagus"(Phryne: Cortesã da Grécia Antiga)






"O Rei Candaules"


"Bathsheba"



"O Interior Grego"


"O Mercado de Escravos"


"Oração no Cairo"


"Árabes"






"A dança de Almeh"


"Markos Botsaris" (General grego)


"Comerciante de Peles do Cairo"


"O Encantador de Serpentes"


"Trabalhando no Mármore"



"Prayer" - "Oração na Mesquina Amr - Cairo"


"Excursão do Harén"


"Louis XIV and Molière"

"Morte de Marshal Ney"

"O Mercado Escravo em Roma" ("The Slave Market in Rome")


"A Recepção de Siameses em Fontainebleau" ("The Reception of the Siamese Ambassadors at Fontainebleau")




Vídeo-Música: Pinturas de Jean Léon Gérôme






Jean-Léon Gérôme foi um escultor e pintor academicista francês.
"Ele nasceu em Vesoul, em 11 de maio de 1824 e faleceu em Paris, em 10 de janeiro de 1904) .

Casou-se com Marie Goupil (1842–1912) a filha do negociador internacional de arte Adolphe Goupil, com quem teve quatro filhas e um filho. Após seu casamento ele se mudou para uma casa na rua Rue de Bruxelles, perto do salão de música Folies Bergère. Ele expandiu sua residência construindo um estábulo, um estúdio de escultura abaixo e um estúdio de pintura no andar superior. Foi sogro do pintor Aimé Morot.


Carreira

Jean-Léon Gérôme nasceu na cidade de Vesoul capital do departamento francês Haute-Saône. Transferiu-se para Paris em 1840, com apenas 16 anos, onde foi pupilo de Paul Delaroche a quem acomapanhou em ida para a Itália, período de 1843 a 1844. Em sua estadia no país visitou Florença, Roma, Vaticano e a Pompeia entretanto já demonstrara maior atração pelo mundo da natureza. Tomado por uma febre foi obrigado a retornar a Paris em 1844. Em seu retorno ingressou, como muitos outros estudantes de Delaroche, no atelier de Charles Gleyre e ali estudou por um breve período, participando da Ecole des Beaux-Arts (Escola de Belas Artes). Em 1846 concorreu no Prix de Rome (Prêmio de Roma) uma bolsa de estudos criada pelo governo para os melhores estudantes de artes em suas áreas específicas, porém não passou na etapa final porque o seu desenho de figura foi avaliado como inadequado em relação ao que se pedia.

Em seguida tentou melhorar suas habilidade pintando a obra 'The Cockfight' (1846), um exercício acadêmico representando um jovem nu e uma garota de vestido levemente drapeado com dois galos de briga na sua frente e ao fundo representada a baía de Nápoles. Ele enviou esta pintura para o Salão de Paris de 1847 onde foi premiado com uma medalha de terceira classe. Este trabalho foi visto como uma síntese do movimento Neo-Grec, a junção de Neoclassicismo, Neorrenascença com influências da antiga arte grega, estilo que havia se formado fora do estúdio de Gleyre (tal como Henri-Pierre Picou (1824–1895) e Jean-Louis Hamon) e foi defendida pelo influente crítico francês Théophile Gautier.

Gérôme abandonou o sonho de vencer o Prix de Roma e se aproveitou de seu sucesso repentino. Suas pinturas The Virgin, the Infant Jesus and St John (coleção privada) e Anacreon, Bacchus and Cupid (Musée des Augustins em Toulouse) levaram a medalha de segunda classe em 1848. Em 1849 ele produziu e pintou Michelangelo, também conhecido como 'In his studio' (atualmente parte de uma coleção privada) e A portrait of a Lady' (Museu Ingres em Montauban).

Em 1851 decorou um vaso, oferecido mais tarde pelo Imperador Napoleão III de França para o Príncipe Albert que agora faz parte da coleção real do Palácio de St. James em Londres. Posteriormente exibiu Bacchus and Love, Drunk, a Greek Interior and Souvenir d'Italie em 1851; Paestum (1852); e An Idyll (1853).

Em 1852 Gérôme recebeu uma comissão por Alfred Emilien Comte de Nieuwerkerke, Superintendente de Belas Artes da corte de Napoleão III para a confecção de uma grande tela histórica. A Age of Augustus. Nesta tela ele juntou o nascimento de Cristo com o retrato de nações conquistadas pagando homenagem a Augustus. Graças a um considerável pagamento por esta obra, ele pode viajar em 1853, para Constantinopla juntamente com o ator Edmond Got. Esta seria a primeira de várias viagens que faria para o leste: em 1854 ele fez outra jornada para a Turquia e para as margens do Rio Danúbio, onde esteve presente em um concerto de recrutas russos, fazendo música sob a ameaça de chicote.

Em 1854 completou outra importante comissão e decorou a Capela de St. Jerome na igreja de St. Séverin em Paris. Seu último trabalho "comunhão de St. Jerome" realizado nesta capela refletiu a influência da escola de Ingres em seus trabalhos religiosos.

Na Exposição Universal de 1855 ele publicou as obras Pifferaro, a Shepherd, A Russian Concert, The Age of Augustus and Birth of Christ. A última passou um efeito um pouco confuso mesmo assim sendo adquirido pelo Estado. Contudo a pintura mais modesta, A Russian Concert (também chamada de Recreation in the Camp) foi mais apreciada que suas telas enormes.

A reputação de Gérôme foi bastante reforçada no Salão de 1857 por uma coleção de trabalhos de caráter mais popular. O Duel: after the Masked Ball (Musée Condé, Chantilly), Egyptian Recruits crossing the Desert, Memnon and Sesostris and Camels Watering, o desenho que foi criticado por Edmond About.

Em 1858 ajudou a decorar a casa do Príncipe, em Paris, Napoléon Joseph Charles Paul Bonaparte em um estilo pompeu. O príncipe tinha comprado sua obra Greek Interior (1850), uma representação de um bordel também em estilo pompeu.

Em Caesar (1859) Gérôme tentou retornar a uma classe mais severa de trabalho, suscitando o estilo clássico, mas a sua retratação de figuras não atraiu grande interesse do público. Phryne before the Areopagus, King Candaules and Socrates finding Alcibiades in the House of Aspasia (1861) deu origem a uma série de escândalos em razão dos temas selecionados pelo pintor. No mesmo Salão ele exibiu Egyptian Chopping Straw, e Rembrandt Biting an Etching, duas obras trabalhadas minuciosamente.

Gérôme foi eleito, depois da quinta tentativa, membro do Institut de France em 1865. Já como cavaleiro da Légion d'honneur ele foi promovido a oficial em 1867. Em 1869 ele foi eleito como membro honorário da British Royal Academy (Academia Real Britânica). O rei da Prussia Wilhelm I o premiou com a Grand Order of the Red Eagle, terceira classe. Sua fama se tornou tal que ele foi convidado, juntamente com outros artistas franceses de maior reconhecimento, para a abertura do Canal de Suez em 1869.

O tema de Death of Caesar (1867) foi repetido em sua histórica tela Death of Marshall Ney que foi exibida no Salão de 1867, apesar da pressão oficial para retirá-la uma vez que levantara memórias dolorosas ao público. Após isso retornou com sucesso para o Salão de 1874 com a pintura Eminence grise (Museum of Fine Arts, Boston). Em 1896 ele pintou Truth Rising from her Well em uma tentativa de descrever uma ilusão. Desta maneira saudou a ascensão da fotografia, que ainda estava em surgimento, como uma alternativa para a sua pintura fotográfica. Em 1902 ele disse: "Graças a fotografia, a verdade será como a última deixada para o seu bem"

Jean-Léon Gérôme morreu em seu ateliér em 10 de Janeiro de 1904. Foi encontrado em frente a um retrato de Rembrandt e perto de sua própria pintura The Truth. A seu próprio pedido, foi dado um enterro simples sem flores. Contudo a missa de Requiem rezada em sua memória foi assistida por um Ex-Presidente, os políticos mais proeminentes, muitos pintores e escritores. Ele foi enterrado no cemitério de Montmartre em frente à estátua Sorrow que ele havia feito em homenagem ao seu filho que havia falecido em 1891.


Outros trabalhos

Entre as principais pinturas de Gerome estão as seguintes:
 (muitas retratam temas orientais, procure-as acima)

Turkish Prisoner and Turkish Butcher (1863)
Prayer (1865)
The Slave Market (1867)
Excursion of the Harem (1869)
Louis XIV and Molière (1863) – Tema histórico
The Reception of the Siamese Ambassadors at Fontainebleau (1865)
Death of Marshal Ney (1867)

Gerome também obteve sucesso como escultor. Seu primeiro trabalho foi uma grande estátua de bronze de um gladiador com seu pé em cima de sua vítima mostrada ao público na Exposition Universelle de 1878. Esta escultura foi baseada no tema principal de sua obra Pollice verso (1872). No mesmo ano exibiu uma estátua de mármore no Salão de 1878 baseada em sua obra anterior Anacreon, Bacchus and Cupid (1848).

Ciente dos experimentos contemporâneos de tingimento em mármore (tal como feito por John Gibson) ele produziu Dancer with Three Masks (Musée des Beaux-Arts, Caen ) combinando movimento com cor, exibido em 1902. Seu grupo de pintura Pygmalion and Galatea fornecido de sua inspiração por várias pinturas em que representa a si mesmo como o escultor que poderia transformar o mármore em carne: um exemplo é a obra Pygmalion and Galatea (1890) (Metropolitan Museum, Nova Iorque).

Entre seus outros trabalho estão Omphale (1887), e a estátua do duc d'Aumale que foi colocada na frente do Castelo de Chantilly (1899).

Começou experimentos com ingredientes misturados, usando em suas estátuas pintadas mármore, bronze e marfim incrustado com pedras preciosas e pasta. Sua obra Dancer foi exibida em 1891. Sua escultura em tamanho real Bellona (1892) feita em marfim, bronze e pedra de gema atraíram bastante atenção em sua exibição no Royal Academy of London.

O artista então começou uma série de esculturas sobre Conquistadores, trabalhadas em ouro, prata e pedra gema entre estas estão Bonaparte entering Cairo (1897); Tamerlane (1898); e Frederick the Great (1899).

Influência[editar | editar código-fonte]
Em 1853 Gerome foi para o Boîte à Thé, um grupo de estúdios na Rue Notre-Dame-des-Champs em Paris. Este viria a ser um local de encontro por outros artistas, escritores e atores. George Sand entretinha-se no pequeno teatro de estúdio de grandes artistas onde ela passava seu tempo tal como os compositores Hector Berlioz, Johannes Brahms e Gioachino Rossini e os novelistas Théophile Gautier e Ivan Turgenev. Após isso começou um atelier independente em sua casa na Rue de Bruxelles entre 1860 e 1862.

Foi nomeado como um dos três professores da Ecole des Beaux-Arts onde começou com dezesseis estudantes, mais do que ele tinha em seu próprio estúdio. Sua influência tornou-se extensiva e ele foi convidado regularmente para a Empress Eugénie da Corte Imperial de Compiègne.

Quando começou a protestar e mostrar uma hostilidade pública à "moda decadente" do Impressionismo, sua influência entrou em declínio e passou a ser considerado fora de moda. Mas depois da exibição de Manet na Ecole de 1884 ele finalmente se inclinou ao movimento afirmando: "isto não é tão ruim quanto eu pensava"."
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-L%C3%A9on_G%C3%A9r%C3%B4me




Jean-Léon Gérôme em Fotografias





Jean-Léon Gérôme em seu Estúdio



28 de abril de 2016

ARTE FRANCESA - PASCAL DAGNAN-BOUVERET - PINTURAS ACADÊMICAS - ACADEMICISMO





PINTURAS ACADÊMICAS FRANCESAS

Pascal Dagnan-Bouveret



O artista plástico francês Pascal-Adolphe-Jean Dagnan-Bouveret, nascido em 1852 em Paris, foi um dos principais artistas franceses do academicismo. Em 1900 ele tornou-se membro do Instituto da França.




"A Lavadeira" - Pascal Dagnan-Bouveret
Pintor francês (1852-1929)



Música: "Pavane para uma Princesa Morta" ("Pavane pou une Infante Défunte") - Ravel
Maurice Ravel: Compositor e pianista francês (1875-1937)



"Pequeno Concerto"


"A Benção ao Jovem Casal"









"O Pequeno Savoyard (da região de Savoya) Comendo Em Frente a Casa"


"A Jovem Pintora Aquarelista"


"A Carta"


"O Acidente"


"Bretãos no Dia do Pardon (Procissão na Bretanha)"



"Bretanhas no Dia do Pardon"





Pascal Dagnan-Bouveret

"Nascido em Paris, era filho de um alfaiate, foi criado por seu avô quando seu pai emigrou para o Brasil. Mais tarde, o nome de seu avô, Bouveret, foi adicionado ao seu.
A partir de 1869, ele estudou na Escola de Belas Artes, sendo seus professores Alexandre Cabanel e Jean-Léon Gérôme. Em 1873, ele abriu seu próprio estúdio com um parceiro Gustave-Claude Courtois-Etienne. Em 1880 ele ganhou a medalha de primeira classe pela pintura Um acidente, e uma medalha de honra em 1885 por Cavalos no charco.
Desde a década de 1880, Dagnan-Bouveret junto com Gustave Courtois, mantiveram um estúdio em Neuilly-sur-Seine, no subúrbio de Paris. Naquela época, ele foi reconhecido como um artista modernista de primeira linha, conhecido tanto por suas telas de camponeses, quanto por suas composições místicas-religiosas. Sua pintura A Última Ceia foi exposta no Salão de Champ de Mars, em 1896.[1] Ele também pintou retratos para clientes ricos, como o colecionador britânico George McCulloch. Foi um dos primeiros a usar a fotografia então novo meio artístico, para dar mais realismo às suas pinturas.
Em 1891 foi nomeado oficial da Legião de Honra, e em 1900 tornou-se membro do Instituto da França. Faleceu em 3 de julho de 1929, em Quincey (Haute-Saône), em sua casa em Chalk Street."
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pascal_Dagnan-Bouveret



"Gustave Courtois Dentro de Seu Atelier"


"Gustave Courtois Dentro de Seu Atelier" (detalhe)




Academicismo

"O academicismo ou academismo designam, originalmente, o método de ensino artístico profissionalizante concebido, formalizado e ministrado pelas academias de arte europeias. Este método estendeu sua influência sobre todo o mundo ocidental ao longo de vários séculos, desde sua origem na Itália em meados do século XVI, e teve um impacto em várias sociedades não-ocidentais por conta das conquistas do colonialismo. No entanto, os termos não têm uma aplicação consistente entre a crítica especializada, e às vezes ele foi ampliado, e às vezes limitado ou transposto para outras áreas. Para alguns eles se referem à versão do método consolidada na Academia Real de Pintura e Escultura da França, fundada em Paris em 1648 por um grupo de pintores liderados por Charles Le Brun, que impôs uma pedagogia fortemente sistemática, hierarquizada e ortodoxa. O sucesso da proposta francesa a tornou o modelo para a fundação de inúmeras outras escolas de arte de nível superior em vários países, de grande importância para a evolução das correntes barroca, neoclássica e parte da romântica. Outros escritores preferem empregá-los para descrever um estilo particular, nascido nos círculos das academias ou por sua influência, também denominado arte acadêmica ou estilo acadêmico.[1] [2] Finalmente, para muitos autores, se referem especialmente à arte produzida no âmbito das academias que funcionaram no século XIX. Apesar de serem termos aplicáveis com toda a propriedade a qualquer das artes, a grande maioria dos pesquisadores tem voltado sua atenção principalmente aos efeitos do modelo acadêmico sobre as artes visuais, e dentre elas, a pintura.

As academias nasceram para suplantar o sistema corporativo e artesanal das guildas medievais de artistas, e tinham como pressuposto básico a ideia de que a arte pode ser ensinada através da sua sistematização em um corpo de teoria e prática integralmente comunicável, minimizando a importância da criatividade como uma contribuição toda original e individual. Valorizavam antes a emulação de mestres consagrados, venerando a tradição clássica, e adotavam conceitos formulados coletivamente que possuíam, além de um caráter estético, também uma origem e propósito éticos. As academias foram importantes para a elevação do status profissional dos artistas, afastando-os dos artesãos e aproximando-os dos intelectuais. Também tiveram um papel fundamental na organização de todo o sistema de arte enquanto funcionaram, pois além do ensino monopolizaram a ideologia cultural, o gosto, a crítica, o mercado e as vias de exibição e difusão da produção artística, e estimularam a formação de coleções didáticas que acabaram por ser a origem de muitos museus de arte. Essa vasta influência se deveu principalmente à sua estreita associação com o poder constituído dos Estados, sendo via de regra veículos para a divulgação e consagração de ideários não apenas artísticos, mas também políticos e sociais.Por isso, desde sua origem, de parte de grupos de artistas que permaneciam à margem dos reduzidos círculos acadêmicos, foram cercadas de protesto e controvérsia a respeito do que seria uma arte oficial, e suas regulamentações restritivas e universalistas são consideradas um reflexo do absolutismo.


A partir de fins do século XVIII, acentuando-se em meados do século XIX, o sistema acadêmico tradicional, que até então fora um dos principais promotores das vanguardas e o árbitro de toda a arte, perdeu parte da conexão vital com seu contexto e começou a ser atacado vigorosamente pelos praticantes do realismo e do impressionismo, que o acusaram de ser dogmático, conservador e contrário à expressão da individualidade, entrando o sistema em declínio. No início do século XX o antigo método acadêmico entrou em colapso com a ascensão do modernismo, que combateu todas as formas de tradição artística e privilegiou a intuição, a independência criativa e a expressão pessoal liberta de regras apriorísticas. Entretanto, mesmo através do modernismo, diversos princípios do antigo academicismo enquanto método de ensino sobreviveram em iniciativas como a da Bauhaus e outras escolas de arte, e como elemento estilístico pode ser detectado até mesmo em produções paradigmáticas da modernidade, como na intelectualização formalista do cubismo e no uso de símbolos e alegorias pelos surrealistas. Ainda que profundamente reformado, parte do ideal acadêmico primitivo em tempos recentes voltou a ser considerado válido e reingressou no currículo das escolas de arte das universidades e outras instituições de ensino superior, após o reconhecimento de duas necessidades: a de o artista ter um preparo intelectual sólido para poder criar e interagir no mundo da arte contemporânea, e a de se formular alguns critérios valorativos de uso comum. A arte acadêmica mais antiga conseguiu sobreviver ao modernismo como um monumento de eras passadas, mas a produzida na segunda metade do século XIX, a da geração que conviveu com os precursores modernistas, somente em torno da década de 1970 iniciou a ser recuperada pela crítica. Atualmente os seus produtos já são exibidos em vários museus em pé de igualdade com os de escolas mais prestigiadas e seus preços de mercado se elevam, mas o termo "academicismo" ficou impregnado com uma conotação pejorativa e ainda é usado na linguagem corrente para indicar tendências retrógradas, retóricas, artificiais, tecnicistas, ortodoxas, tradicionalistas ou conservadoras."
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Academicismo