Ambas eram deusas do amor e da beleza: No culto grego foi Afrodite que incorporava estes atributos.
Na mitologia romana, a deusa do amor e da beleza era conhecida como Vênus .
"Nascimento de Vênus" - William-Adolphe Bouguereau
Música: "Vênus e Adonis" - John Blow Compositor inglês (1640-1708)
Vênus é a deusa do panteão romano equivalente a Afrodite no panteão grego
Afrodite
"Afrodite (Aphrodite) é a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na antiga religião grega. Responsável pela perpetuação da vida, prazer e alegria. Historicamente, seu culto na Grécia Antiga foi importado da Ásia, influenciado pelo culto de Astarte, na Fenícia, e de sua cognata, a deusa Ishtar dos acádios. Ambas eram deusas do amor, e seus atributos e rituais foram incorporados no culto grego a Afrodite. Na era romana, seria a vez de Afrodite ser a influência, dando origem à sua equivalente romana, a deusa Vênus.
Na mitologia grega, a versão mais famosa do seu nascimento contada por Hesíodo, ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais de Urano e arremessou-os no mar; da espuma (aphros) surgida ergueu-se Afrodite. No entanto para Homero, anterior a Hesíodo, ela era filha de Zeus e Dione. Durante o período de Platão, os gregos haviam solucionado este conflito afirmando que Afrodite tem dois aspectos diferentes, sem individualizar o culto: a primeira Afrodite Urânia, seria a Afrodite celeste, do amor divino e homossexual. A filha de Zeus seria a Afrodite do amor comum, do povo, denominada Afrodite Pandemos de onde emanava o amor físico e desejos lascivos. Os principais mitos envolvendo a deusa são a saga da Guerra de Troia, onde ela protegeu a cidade de Troia e os amantes Helena e Páris; sua perseguição a mortais que a ofenderam, como Psiquê e Hipólito; as bênçãos dadas a fiéis como Pigmaleão para viverem com suas amadas; e seus diversos casos amorosos, como Ares e Adônis.
Afrodite recebeu vários epítetos, principalmente porque seus cultos variavam em cada cidade grega. Recebeu os nomes de Citere ou Citereia (Cytherea) e Cípria (Cypris) por dois locais onde seu culto era célebre na Antiguidade, Citera e Chipre - cada um deles alegando ser o local de nascimento da deusa. Afrodite ainda recebia muitos outros nomes locais, como Acidália e Cerigo, utilizadas em regiões específicas da Grécia. Mesmo com os cultos diferentes, os gregos reconheciam a semelhança geral entre todas como sendo a única Afrodite.
Afrodite, juntamente com Apolo, representa o ideal de beleza dos gregos antigos. Ela foi constantemente reproduzida nas Artes, da Antiguidade à Idade Contemporânea, dada a oportunidade dos artistas imaginarem uma beleza divina. Nos dias atuais, seu mito continua exercendo influência na cultura, e muitas vertentes do neopaganismo voltaram a lhe prestar culto."
fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Afrodite
Vênus "O mito do nascimento conta que Vênus surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido gerada pelas espumas (aphros, em grego). Em outra versão, é filha de Júpiter e Dione. Era considerada esposa de Vulcano, o deus manco, mas mantinha uma relação adúltera com Marte.
Vênus foi uma das divindades mais veneradas entre os antigos, sobretudo na cidade de Pafos, onde o templo era admirável. Tinha um olhar vago, e cultuava-se o zanago dos olhos como ideal da beleza feminina. Possuía um carro puxado por cisnes.
Vênus possui muitas formas de representação artística, desde a clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma anatomia divinal, daí ser considerada pelos antigos gregos e romanos como a deusa do erotismo, da beleza e do amor.
Os romanos consideravam-se descendentes da deusa pelo lado de Eneias, o fundador mítico da raça romana, que era filho de Vénus com o mortal Anquises." fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_(mitologia)
Adonis
"A figura de Adônis é relacionada desde a antiguidade clássica, ao modelo de beleza masculina. Adon significa Senhor em fenício e foi na Grécia Antiga que sua lenda adquiriu maior significação. O nascimento de Adônis foi fruto de relações incestuosas entre Smirna ou Mirra e seu pai Téias, rei da Assíria, que enganado pela filha, com ela se deitou 12 vezes. Quando percebeu a trama, Téias quis matá-la e Mirra pediu ajuda aos deuses que a transformaram em uma árvore, a Mirra. Da casca dessa árvore nasceu Adônis."
"Afrodite foi continuamente retratada por artistas de todo o mundo, sendo um dos mitos mais representados. Segundo alguns autores, o motivo das muitas representações de Afrodite/Vênus é "porque nas pinturas de Afrodite sentimos a força de uma deusa fascinante, certamente porque é a senhora do amor, e em nosso imaginário, não há nada mais belo. Mas antes de tudo, ela é a deusa da beleza, e não há nada mais apaixonante do que a imagem do belo"." fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Afrodite
"Vênus e Marte Surpreendidos por Vulcano" (ou "Afrodite e Ares Surpreendidos por Hefesto") - Alexandre Charles Guillemot
Afrodite no centro acompanhada de Eros. Atena e Hera ao fundo.
"Vênus, Psiquê e Cupido" - Padovanino - Alessandro Varotari
Pintor italiano (1588-1649)
"Vênus e Adônis" - François Lemoyne Pintor francês (1688-1737)
Morte de Adonis
Afrodite, em afresco de Pompeia, c. ano 1 d.C.
A Deusa Vênus Deitada
"Vênus Adormecida" - Giorgione Pintor italiano (1478-1510)
"Vênus de Urbino" - Ticiano Pintor italiano (c. 1488-1576)
A Deusa Vênus ao Espelho
"Vênus ao Espelho" - Velásquez
Pintor espanhol (1599-1660)
"Vênus no Espelho" - Rubens Pintor flamengo (1577-1640)
"O Nascimento de Vênus" - Cabanel Pintor francês (1823-1889)
Músicas da Antiga Roma
Pinturas do Neoclassicismo
"No neoclassicismo, acreditava-se em um modelo ideal de beleza, herdado da antiguidade clássica - a Beleza era um dom da Grécia e da humanidade. Nesse contexto, Apolo e Afrodite (ou Vênus) representavam esta beleza ideal. Dominique Ingres, pintor neoclassicista, inspirado pela Vênus de Médici, pintou um dos seus mais famosos quadros, Vênus Anadiômena de 1848, que retrata o nascimento da deusa. A pintura está na galeria abaixo, juntamente com dois outros quadros famosos do neoclassicismo e do romantismo, que retratam o nascimento de Vênus."
"Vênus Anadiômena*" - Ingres
Pintor francês (1780-1786)
(* Anadiômena: que sai das águas, referência a Vênus
que segundo a mitologia, nascera das ondas)
"O Nascimento de Vênus" - William-Adolphe Bouguereau Pintor francês (1825-1905)
"Alegoria com Vênus e Cupido" - Agnolo Bronzino Pintor italiano (1503-1572)
-
"Vênus e o Cupido" - Rubens Pintor flamengo (1577-1640)
"Vênus Desarmando Cupido" - Paolo Veronese Pintor italiano (1528-1588)
"Vênus e Cupido" - Sebastiano Ricci Pintor italiano (1659 - 1734)
"Vênus e Cupido" - Sebastiano Ricci Pintor italiano (1659 - 1734)
"Vênus e Cupido" - Lorenzo Lotto Pintor italiano (1480-1557)
Pintura Explicada:
"Vênus e Cupido", acima, do artista Lorenzo Lotto
"Vênus, deitada no chão e apoiada sobre um cotovelo em um pano azul, é acompanhada por seu filho Cupido de pé com seu arco e tremor. Ele urina na noiva através de uma coroa de louros de murta que ela segura por uma fita e abaixo do qual está suspenso um queimador de incenso. Esta corrente de urina é um ato simbólico, cujo significado é trazer fertilidade, e que teria parecido engraçado para os espectadores contemporâneos.
Há em um fundo de vermelho pendurado amarrado a uma árvore em que sobe hera. Em torno deles estão espalhados objetos alegóricos de casamento (guirlanda de murta), feminilidade (rosa, concha, pétalas de rosa), amor eterno (hera). O cocar de Vênus, com a tiara, o véu e o brinco, é típico das noivas venezianas do século XVI. O brinco pendente com uma pérola é um símbolo de pureza. O gesto do Cupido que urina, através da coroa na barriga de Vênus, é uma alusão erótica à fertilidade."
"Vênus e Cupido" - Artemisia Gentileschi Pintora barroca italiana (1593-1653)
Em uma época em que mulheres não eram facilmente aceitas na comunidade artística ou por patronos, a pintora Artemisia Gentileschi (autora da pintura acima), foi a primeira a se tornar membro da Academia de Belas Artes de Florença.
"Vênus e Cupido" - Ticiano Pintor italiano (1488-1576)
"Vênus Reclinada com Cupido" - Guido Reni Pintor barroco italiano (1575-1642)
"Vênus e Cupido na Natureza" - Giuseppe Nuvolone Pintor italiano (1619-1703)
"Vênus e Cupido" - Giovanni Pellegrini Pintor italiano (1675-1741)
"Jovem se Defendendo-se de Eros" - William-Adolphe Bouguereau Pintor francês (1825-1905)
Cupido - Eros O Anjo com Arco e Flexa
"Cupido, também conhecido como Amor, era o deus equivalente na mitologia romana ao deus grego Eros.
Filho de Vênus e de Marte, (o deus da guerra) andava sempre com seu arco, pronto para disparar sobre o coração de homens e deuses.
Cupido encarnava a paixão e o amor em todas as suas manifestações. Logo que nasceu, Júpiter (Deus dos deuses), sabedor das perturbações que iria provocar, tentou obrigar Vénus a se desfazer dele. Para protegê-lo, a mãe o escondeu num bosque, onde ele se alimentou com leite de animais selvagens.
Cupido era geralmente representado como um menino alado que carregava um arco e um carcás com setas. Os ferimentos provocados pelas setas que atirava despertavam amor ou paixão em suas vítimas. Outras vezes representavam-no vestido com uma armadura semelhante à que usava Marte, talvez para assim sugerir paralelos irônicos entre a guerra e o romance ou para simbolizar a invencibilidade do amor. Embora fosse algumas vezes apresentado como insensível e descuidado, Cupido era, em geral, tido como benéfico em razão da felicidade que concedia aos casais, mortais ou imortais. No pior dos casos, era considerado malicioso pelas combinações que fazia, situações em que agia orientado por Vénus." fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cupido
O Antigo Testamento contém a história do povo hebreu.
"Seus escritos foram compostos durante um período de mais de mil anos, até aproximadamente o final do século III a.C. Outras civilizações, como a egípcia e a babilônica, produziram também seus escritos religiosos e históricos, mas apenas os hebreus os reuniram em uma antologia sagrada. O resultado foi um épico religioso tão respeitado, que atravessou séculos e chegou aos nossos dias ainda sendo estudado e analisado por religiosos, historiadores e estudiosos do pensamento humano. Estudaremos, neste texto, apenas os personagens que julgamos mais importantes para se compreender a evolução do pensamento divino entre os homens, desde Abraão até Moisés, e de Moisés a Jesus. O conhecimento da história do povo hebreu é de fundamental importância para se compreender a história do cristianismo e sua evolução."
Música: "Barroca Judaica" (Halleluyah)- Christian Giuseppe Lidarti
Compositor austríaco (1730-1795)
Soprano: Janet Pape
Abraão Abraão do nome Abraham, Ibrahin, significa 'Pai de Muitos'.
Abraão foi da nona geração de filhos do Patriarca Noé
Abraão é da nona geração de Sem, o qual foi um dos filhos do patriarca Noé, que tinha sobrevivido às águas do dilúvio.
"Abraão é um personagem bíblico citado no Livro do Gênesis a partir do qual se desenvolveram três das maiores vertentes religiosas da humanidade: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. No entanto, os arqueólogos não encontraram nenhuma prova da existência de Abraão. É o primeiro dos 'Patriarcas Bíblicos' e fundador do monoteísmo dos hebreus."
"Segundo a Bíblia, no capítulo 12 do livro de Gênesis, Abraão recebeu uma promessa divina para deixar a sua terra e a de sua família. Tal chamado de Deus pode ter ocorrido quando Abraão já se encontrava com sua família em Harã.
Deus disse a Abrão:
"Sai da tua terra e da casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar.
Em ti serão benditas todas as nações da terra".
Abrão obedeceu. Foi com Sarai, sua mulher, e seu sobrinho Lot para a terra de Canaan.
Aí lhe apareceu o Senhor e lhe disse: "Darei esta terra aos teus descendentes".
(Gênesis 10, 19) "Abrão não tinha filhos. Uma noite, Deus disse-lhe:
"Levanta os olhos e conta, se podes, as estrelas do céu! A tua descendência será tão numerosa como elas".
Abrão acreditou em Deus e Deus imputou à justiça a sua fé.
Aos 99 anos de idade, Abrão teve outra aparição em que o Senhor lhe disse: "Daqui em diante não te chamarás Abrão mas sim Abraão, porque te destinei para pai de muitas gentes. Para o futuro, não chamarás a tua mulher de Sarai mas de Sara. Eu a abençoarei e ela terá um filho ao qual chamarás Isaac. Concluirei com ele uma aliança perpétua em favor da sua posterioridade".
Abraão na Estrada para Canaã
"Abraão Partindo para Canaã" - József Molnár Pintor húngaro (1821-1899)
7 - "Faço aliança contigo e com tua posteridade, uma aliança eterna, de geração em geração, para que eu seja o teu Deus e o Deus de tua posteridade." Gênesis, 17, 7
"Abraão na Estrada para Canaã" - Pieter Lastman Pintor holandês (1583-1633)
Abrão sendo visitado por três anjos
"Abraão sendo Visitado por Três Anjos" - Albert Eckout Pintor e botânico holandês (1610-1665)
"E os três anjos prometeram a Abraão que sua esposa Sara, daria à luz a Isaac - o filho da promessa (Gênesis, 18). Abraão vê três pessoas nos anjos e um só Deus."
Francisco Bayeu y Subias Pintor espanhol (1734-1795)
Rembrandt Pintor holandês
James Tissot Pintor francês (1836-1922)
Francesco Zugno Pintor do rococó italiano (1708-1787)
Giovanni Batista Tiepolo Pintor italiano
Marc Chagall Pintor russo-francês (1887-1985)
"Abraão e os Três Anjos" - Chagall Pintor russo-francês (1887-1985)
Abraão, Sara e o Anjo
"Abrahan, Sarah e o Anjo" - Jan Provoost Pintor flamengo (c.1462/5-1529)
"E Agar deu à luz um filho a Abraão; E Abraão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael."
"Abraão Repreendendo Hagar e Ismael" - Guercino
Ismael -Primeiro Filho de Abraão
O primeiro filho de Abraão foi Ismael, que teve com Agar, a escrava de Sara.
"... Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sara." Por causa desta decisão de Sara, ela abriu as portas para a inimizade que existe, até hoje, entre judeus e árabes. Agar, na posição de serva, teve que aceitar a decisão da sua patroa. Para ela não foi fácil mas era assim que tinha que ser feito. Ela dormiu com Abraão e engravidou. Já grávida, ela desprezou Sara. Mas sua senhora a afligiu tanto, tornou sua vida tão difícil que ela decidiu fugir para o deserto. Lá, encontrando-se ela junto a uma fonte de água, apareceu um anjo que lhe disse: "... Agar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai minha senhora. Então lhe disse o anjo do Senhor: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos." (Gênesis 16:8-9)
Pieter Lastman Pintor holandês (1583-1633)
O Sacrifício de Isaac
"Deus experimentou Abraão e disse-lhe:
"Toma Isaac, teu filho único a quem amas, para me ofereceres em sacrifício na montanha que eu te designar"."
DEUS POUPA ISAAC
"Então, do alto do céu, gritou o anjo do Senhor:
"Abraão! Abraão! Não faças mal ao menino. Agora sei que temes a Deus pois não poupaste teu filho único para me obedeceres".
Abraão levantou os olhos e viu um cordeiro preso num espinheiro. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto em lugar do filho. Então o anjo do Senhor disse pela segunda vez: "Já que para me obedeceres não poupaste o teu filho único, eu te abençoo. Dar-te-ei uma posterioridade tão numerosa como as estrelas do céu e a areia na praia marítima. Em um dos teus descendentes serão benditas todas as nações da terra".
Abraão viveu até a idade de 175 anos. Seu filho sepultou-o em Mambré, junto de Sara, sua esposa."
Rembrandt Pintor barroco holandês (1606-1669)
Laurent de La Hire Pintor barroco francês (1606-1656)
Ticiano Pintor renascentista italiano (1485-1576)
Cigoli Pintor barroco italiano (1559-1613)
"O Sacrifício de Isaac" - Marc Chagall Pintor russo-francês (1887-1985)
"O Sacrifício de Isaac" - Caravaggio Pintor barroco italiano (1571-1610)
Pintura Barroca
Pintura Realística - Dramática
"A arte Barroca na pintura imperou no século XVII. Esse período registrava um momento de transição espiritual na cultura ocidental, pois vigoravam dois padrões de ver o mundo: o paganismo e o sensualismo do Renascimento, e a permanência dos aspectos religiosos que faziam lembrar o teocentrismo medieval.
Em um tempo de infindáveis questionamentos sobre as visões teocêntricas e antropocêntricas, nasceu e desenvolveu o Barroco. O gosto pela Arte Barroca veio temperado pela aproximação de realidades opostas, pelo conflito e pelas contradições violentas que estavam diretamente ligadas ao contexto da época, ou seja, a visão de mundo do homem do século XVII. O Barroco surgiu na Itália e aproveitou de alguns, mas fortes, elementos da Renascença, transformando-os. "
"A pintura barroca é uma pintura realista, concentrada nos retratos no interior das casas, nas paisagens, nas naturezas mortas e nas cenas populares (barroco holandês). No norte da Europa, os pintores holandeses Rembrandt e Vermeer ampliaram os limites do realismo."
Características do Barroco
Composição simétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.
Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
Cenas dramáticas - escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.
Iluminação projetada - a luz não aparece por um meio natural, mas sim projetada para guiar o olhar do observador até o acontecimento principal da obra, como acontece, por exemplo, na obra acima "O Sacrifício de Issac", de Caravaggio.
Bíblia
"Estamos no mês da Bíblia, estabelecido neste mês justamente por causa de São Jerônimo, que, com seus estudos, traduções, interpretações, comentários e escritos nos facilitou o acesso a esse grande manancial de sabedoria transmitida pelos Livros Sagrados. A Bíblia, segundo o Magistério da Igreja, contém a revelação daquilo que Deus quis manifestar e comunicar a toda a humanidade, fazendo com que todos possam participar dos bens divinos.
O Concílio Vaticano II nos diz que “pela revelação divina quis Deus manifestar e comunicar a sua pessoa e os decretos eternos da sua vontade a respeito da salvação dos homens, para os fazer participar dos bens divinos, que superam absolutamente a capacidade da inteligência humana” (cf. “Dei verbum”, capítulo I, item 6).
Com efeito, a Bíblia significa coleção de livros, embora, costuma-se referir-se a ela como um livro único, na verdade, ela é uma coletânea de livros do Antigo Testamento e do Novo Testamento, em geral escritos em hebraico para o Antigo Testamento e grego para o Novo Testamento. O hebraico era um idioma falado pelas famílias semíticas e tudo o que contém nas Sagradas Escrituras nessa língua deve-se aos chamados escribas, fruto do laborioso e lento ofício a favor do povo escolhido. Já o grego era a língua dominante na época em que houve a divulgação da doutrina e vida de Jesus Cristo; por esse fato, o Novo Testamento foi escrito nesse idioma.
Em decorrência dessas línguas, contudo, a Bíblia era inacessível aos romanos, que falavam o latim. Então, Jerônimo, educado em Roma, conhecedor do latim e grego, após uma longa doença, sentiu o chamamento de Deus para a vida religiosa e se tornou padre da Igreja Católica.
Por volta do ano 374, ele foi para a Palestina, onde estudou hebraico e a interpretação da Bíblia. Inspirado por Deus, traduziu todos os livros da Bíblia para o latim, cuja tradução denominou-se “Vulgata”, pois o latim era a língua universalmente falada na época. O trabalho executado por São Jerônimo foi imenso, pois copilou, com fidelidade e dedicação, uma infinidade de documentos no decorrer das suas longas viagens pelo Oriente, do que resultou a edição adotada oficialmente pela Igreja Católica.
A “Vulgata” foi grandemente divulgada, inicialmente por meio de manuscritos feitos pelos monges nos mosteiros e, com o advento da imprensa por Gutemberg, no século XV, teve ampla divulgação. Hoje, é o livro mais vendido do mundo. Estima-se que foram vendidos 12 milhões de exemplares na versão integral, 13 milhões de Novos Testamentos e ainda 450 milhões de brochuras com extratos dos textos originais.
Um fato histórico trouxe um trauma enorme para os seguidores de Cristo: a chamada Reforma, dividindo protestantes e católicos. Os protestantes elegeram a Bíblia, excluídos alguns livros, como única maneira de inspiração divina. Os católicos, por sua vez, admitiram-nos juntamente com a tradição da Igreja, como formas de Deus falar aos homens, sempre com a interpretação do Magistério da Igreja.
Ainda aqui nos recorda o Concílio Vaticano II: “A Sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura relacionam-se e comunicam estritamente entre si. Com efeito, ambas derivando da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos apóstolos, para que, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde acontece que a Igreja não tira a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas só da Sagrada Escritura. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual afeto e piedade” (cf. ("Dei verbum" – cap. II, item 9).
A Igreja sempre teve nos Livros Sagrados uma das fontes de inspiração e vida. Uma coisa, porém, é certa: após a invenção da imprensa, e agora com a versão da Bíblia nas línguas faladas em todo o mundo, ela é, na verdade, o livro mais divulgado e, hoje, fonte de inspiração para toda a humanidade.
E todo o manancial constituído pelas Escrituras Sagradas, portanto, devemos ao trabalho dedicado e persistente do grande exegeta, escritor e santo, São Jerônimo, o qual a Igreja o festeja no dia 30 de setembro, mês da Bíblia.
Ao concluir esta reflexão, faço-o com os versículos 103 a 105 do Salmo 119: “Como são doces ao meu paladar tuas promessas; mais que o mel para minha boca. Dos teus preceitos recebo inteligência, por isso odeio todo caminho falso. Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho.”"
( Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano Rio Janeiro)